Mundo

Presidente do Equador envia sinal de distensão aos Estados Unidos

Kerry falou por telefone com o chanceler equatoriano, Ricardo Patiño, no início do mês para discutir as controvérsias entre os dois governos

Agência France-Presse
postado em 19/02/2014 15:28

Será maravilhoso se o secretário de Estado John Kerry puder nos visitar e obviamente será recebido com o carinho, respeito e o apreço pessoal em relação a ele e ao povo americano

Quito - Após as recentes tensões com os Estados Unidos, o Equador está disposto a receber com carinho e respeito o secretário americano de Estado, John Kerry, e uma eventual visita sua seria maravilhosa, declarou o presidente Rafael Correa nesta quarta-feira (19/2).

Kerry falou por telefone com o chanceler equatoriano, Ricardo Patiño, no início do mês para discutir as controvérsias entre os dois governos, o que levou ao planejamento de um encontro entre os dois funcionários para as próximas semanas em um local a ser definido.

[SAIBAMAIS]"Será maravilhoso se o secretário de Estado John Kerry puder nos visitar e obviamente será recebido com o carinho, respeito e o apreço pessoal em relação a ele e ao povo americano", declarou Correa em uma entrevista ao canal GamaTV.

O presidente reativou semanas atrás suas críticas em relação a Washington pela participação da CIA em um ataque colombiano, em 2008, contra um acampamento da guerrilha comunista das Farc em território equatoriano, denunciou o jornal The Washington Post.

O ataque, considerado pela Organização dos Estados Americanos (OEA) como uma violação à soberania equatoriana, levou à ruptura temporária das relações diplomáticas entre Quito e Bogotá.

Leia mais notícias em Mundo

Correa exigiu explicações sobre a informação publicada pelo The Washington Post, ao mesmo tempo em que pediu a saída de militares americanos mobilizados na embaixada em Quito por considerar o número de efetivos injustificado e desproporcional.

Já os Estados Unidos questionaram os vínculos de Quito com Irã e Belarus, o asilo concedido ao fundador do WikiLeaks, Julian Assange, refugiado na embaixada equatoriana em Londres, e a conflitiva relação de Correa com a imprensa.

Em um aparente sinal de distensão, Correa descreveu Kerry como um "homem legal e uma boa pessoa" e ressaltou que suas críticas em relação aos Estados Unidos respondem exclusivamente à política externa do país.

"Nós nos opomos a políticas, sobretudo a políticas em relação à América Latina, não somos contra as pessoas, menos ainda ao povo americano, de quem gosto tanto", sustentou Correa, um economista de 50 anos formado em universidades americanas.

Tags

Os comentários não representam a opinião do jornal e são de responsabilidade do autor. As mensagens estão sujeitas a moderação prévia antes da publicação