Mundo

Ocidentais decidem votar projeto de resolução humanitárias sobre a Síria

A votação do texto, objeto de intensas negociações com Moscou, deve acontecer na sexta-feira

Agência France-Presse
postado em 20/02/2014 11:17
Nova York - Os países ocidentais decidiram submeter a uma votação no Conselho de Segurança da ONU um projeto de resolução sobre a situação humanitária na Síria, que não tem o apoio da Rússia, o que pode provocar um veto, afirmaram fontes diplomáticas.

A votação do texto, objeto de intensas negociações com Moscou, deve acontecer na sexta-feira (21/2). O embaixador australiano na ONU, Gary Quinlan, anunciou em sua conta no Twitter que o projeto "foi apresentado ao Conselho à noite (quarta-feira), para sua adoção esta semana". O projeto foi apresentado por Austrália, Luxemburgo e Jordânia, com o apoio de Londres, Washington e Paris.



[SAIBAMAIS]O texto pede a "todas as partes que abandonem imediatamente os cercos às zonas habitadas" e cita uma série de localidades que foram cercadas, como Homs (centro) e o campo palestino de Yarmuk, perto de Damasco. Exige "o fim imediato de todos os ataques contra os civis, incluindo os bombardeios aéreos, e sobretudo a utilização de barris de explosivos", em uma clara referência à tática utilizada pelo exército sírio em Aleppo (norte).

As exigências têm sido feitas há muito tempo por grupos humanitários, para que a ajuda possa chegar diretamente aos afetados a partir dos países vizinhos como Iraque ou Turquia, o que Damasco rejeita. A resolução não prevê sanções automáticas no caso de desrespeito dos dispositivos. Segundo fontes diplomáticas, Moscou rejeita obstinadamente qualquer menção explícita de sanções contra o aliado sírio e se esforça para diluir as críticas a Damasco.

O projeto denuncia o "aumento dos ataques terroristas" na Síria, uma exigência de Moscou. "Não sabemos ainda se os russos vetarão ou não", disse uma fonte diplomática ocidental. Desde o início da crise síria em março de 2011, a Rússia vetou três resoluções ocidentais que tentavam pressionar o regime de Damasco.

Tags

Os comentários não representam a opinião do jornal e são de responsabilidade do autor. As mensagens estão sujeitas a moderação prévia antes da publicação