Agência France-Presse
postado em 20/02/2014 11:23
Viena - O Irã e as grandes potências se reunirão em 17 de março em Viena para prosseguir com as negociações que pretendem alcançar uma solução definitiva para a questão do programa nuclear iraniano, de acordo com uma agenda estabelecida. "Chegamos a um acordo sobre os temas das negociações de nossa próxima reunião e do encontro dos especialistas", escreveu o ministro iraniano das Relações Exteriores, Mohamad Javad Zarif, em sua página do Facebook.[SAIBAMAIS]A chefe da diplomacia europeia, Catherine Ashton, confirmou a informação e acrescentou que o próximo encontro acontecerá em 17 de março na capital austríaca. O anúncio foi feito após uma reunião iniciada na terça-feira em Viena entre o Irã e os representantes do grupo 5%2b1 (China, Estados Unidos, França, Rússia, Reino Unido e Alemanha). Neste encontro, as partes concordaram com um "marco" para as próximas conversações, disse Ashton, confirmando o que havia sido antecipado pelo Irã. "Ainda resta muito por fazer. Não será fácil, mas tivemos um bom começo", afirmou Ashton.
"Nós tivemos três dias muito produtivos, nos quais identificamos todas as questões que teremos que responder para fechar um acordo definitivo e global", completou. Em 24 de novembro do ano passado em Genebra, os iranianos e o grupo 5%2b1 concluíram um acordo transitório de seis meses: o Irã congelou algumas atividades nucleares sensíveis em troca da suspensão de parte das sanções que afetam sua economia. O acordo, em vigor desde 20 de janeiro e supervisionado pela Agência Internacional de Energia Atômica (AIEA), deve evoluir agora para um acordo global que garanta, sem qualquer dúvida, o caráter pacífico do programa nuclear iraniano.
O grupo 5%2b1 e Israel, única potência nuclear do Oriente Médio, suspeitam que o Irã desenvolve um programa nuclear com fins militares, o que o governo iraniano nega com veemência. "As conversações aconteceram dentro de um clima positivo, mas ainda não podemos ser otimistas sobre o avanço das futuras negociações", disse o chefe da delegação iraniana, Abas Araghshi.