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Capriles desafia governo venezuelano a provar tentativa de golpe de Estado

"Os civis têm uma visão democrática, não dão golpes", disse o líder da oposição venezuelana

postado em 20/02/2014 21:01
O líder da oposição venezuelana e o governador de Miranda, Henrique Capriles, negou nesta quinta-feira (20/2) que haja tentativa de golpe Estado e pediu ao governo da Venezuela que mostre provas. "Os únicos que derrubam governos são os militares. O único que tem falado em golpe de Estado é o governo. Então, peço que definam: ;golpe ou autogolpe?;, qual dos dois? Se há um golpe em curso, devem mostrar as provas", disse. "Os civis têm uma visão democrática, não dão golpes. Os atalhos são convenientes aos governos débeis", acrescentou.

Capriles também fez um apelo para que os protestos tenham como foco a solução dos problemas vividos no país. "Não podemos cair na violência nem ter falsas expectativas". Ele ressaltou que a violência e a repressão são usadas pelo presidente, Nicolás Maduro, para desviar a atenção da crise pela qual o país está passando.



"Nós não estamos a favor do governo, estamos a favor do povo. Para resolver a crise, o governo deve dialogar com os que estão protestando. E esse deve ser um diálogo real e não um monólogo", disse e questionou: "Querem uma guerra civil em nosso país? Querem mais quantos mortos e feridos?".

O líder da Mesa da Unidade Democrática (MUD) pediu que o governo acabe com a repressão e desarme os grupos irregulares. A oposição venezuelana convocou uma nova manifestação para sábado (22/2) para exigir o desarmamento de grupos pró-governo e que, segundo a oposição, foram responsáveis pelos incidentes violentos na semana passada, resultando em pelo menos seis mortes.

O clima de tensão agravou-se na Venezuela na terça-feira (18/2), com a prisão de Leopoldo López, dirigente do partido de oposição Vontade Popular, acusado pelo governo de promover atos de violência para forçar a saída de Maduro.

Após audiência na madrugada de hoje (20/2), o advogado Juan Carlos Gutiérrez, que representa Leopoldo López, divulgou detalhes sobre a decisão tomada pela juíza Ralenis Tovar Guillén, da 16; Vara de Justiça de Caracas. Ela decretou prisão temporária de 45 dias para o opositor venezuelano, que deve ficar preso até o julgamento.

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