Agência France-Presse
postado em 22/02/2014 08:43
WASHINGTON - O secretário americano de Estado, John Kerry, condenou nesta sexta-feira o "inaceitável" uso da força por parte do governo da Venezuela contra os manifestantes opositores, ao declinar responder a oferta realizada por Caracas para empreender um diálogo bilateral.
"O uso da força por parte do governo e a intimidação judicial contra cidadãos e figuras políticas - que estão exercendo seu direito legítimo de protestar - é inaceitável e apenas incrementa a possibilidade de mais violência", disse Kerry em um comunicado.
"Não é assim que se comportam as democracias", destacou Kerry sobre a repressão à onda de protestos na Venezuela, que já deixou oito mortos, 137 feridos e mais de 100 detidos.
Mais cedo, a subsecretária americana de Estado para a América Latina, Roberta Jacobson, pediu um julgamento "imparcial e transparente" para o líder opositor venezuelano Leopoldo López, após denunciar o "enfraquecimento" democrático na Venezuela.
"O mais importante é que seja julgado de forma imparcial e transparente. Estamos preocupados com a situação e com o desenvolvimento do processo legal", assinalou Jacobson.
"O uso da força por parte do governo e a intimidação judicial contra cidadãos e figuras políticas - que estão exercendo seu direito legítimo de protestar - é inaceitável e apenas incrementa a possibilidade de mais violência", disse Kerry em um comunicado.
"Não é assim que se comportam as democracias", destacou Kerry sobre a repressão à onda de protestos na Venezuela, que já deixou oito mortos, 137 feridos e mais de 100 detidos.
Mais cedo, a subsecretária americana de Estado para a América Latina, Roberta Jacobson, pediu um julgamento "imparcial e transparente" para o líder opositor venezuelano Leopoldo López, após denunciar o "enfraquecimento" democrático na Venezuela.
"O mais importante é que seja julgado de forma imparcial e transparente. Estamos preocupados com a situação e com o desenvolvimento do processo legal", assinalou Jacobson.
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López, 42 anos e dirigente da Vontade Popular, uma das principais forças da oposição a Maduro, se entregou à Justiça na terça-feira e está detido em uma prisão militar sob a acusação de incitar a violência durante o protesto do dia 12 de fevereiro, em Caracas, quando três pessoas morreram e dezenas ficaram feridas.
[SAIBAMAIS] O presidente venezuelano, Nicolás Maduro, desafiou nesta sexta seu homólogo americano, Barack Obama, a manter um "diálogo elevado" entre os dois governos sobre as divergências bilaterais, acentuadas pelos protestos na Venezuela.
"Convoco você, presidente Obama, para um diálogo entre a Venezuela patriota e revolucionária e os Estados Unidos e seu governo. Aceite o desafio e vamos iniciar um diálogo elevado, colocando sobre a mesa a verdade", disse Maduro, que acusa "as agências americanas" de fomentar um golpe de Estado.
"Designe você o John Kerry ou qualquer outro. Vou designar o chanceler Elías Jaua para o diálogo, um debate, vamos mostrar tudo o que sabemos de vocês", desafiou Maduro", que também propôs a troca de embaixadores entre Caracas e Washington.
Venezuela e Estados Unidos não têm embaixadores em Washington e Caracas desde 2010, ano em que foram expulsos oito diplomatas americanos.
[SAIBAMAIS] O presidente venezuelano, Nicolás Maduro, desafiou nesta sexta seu homólogo americano, Barack Obama, a manter um "diálogo elevado" entre os dois governos sobre as divergências bilaterais, acentuadas pelos protestos na Venezuela.
"Convoco você, presidente Obama, para um diálogo entre a Venezuela patriota e revolucionária e os Estados Unidos e seu governo. Aceite o desafio e vamos iniciar um diálogo elevado, colocando sobre a mesa a verdade", disse Maduro, que acusa "as agências americanas" de fomentar um golpe de Estado.
"Designe você o John Kerry ou qualquer outro. Vou designar o chanceler Elías Jaua para o diálogo, um debate, vamos mostrar tudo o que sabemos de vocês", desafiou Maduro", que também propôs a troca de embaixadores entre Caracas e Washington.
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