postado em 24/02/2014 06:00
Destituído do cargo de presidente no sábado, Viktor Yanukovich desapareceu. Durante todo o dia de ontem, seu paradeiro era desconhecido, como se, além de temer o destino, quisesse colaborar com os planos daqueles que o tiraram do poder: apagar o passado recente, de aproximação com a Rússia, e iniciar um movimento definitivo rumo à União Europeia (UE). Para continuar seu projeto, a antiga oposição, agora no comando do país, realizou uma votação no parlamento para nomear um presidente interino. O cargo coube a Oleksander Turchinov, que, um dia antes, fora escolhido líder do Legislativo.
Em sua primeira declaração, Turchinov foi claro: aceita conversar com a Rússia, mas a prioridade é ;é retornar ao caminho da integração europeia;. ;Estamos prontos para o diálogo com a Rússia se houver respeito pela opção europeia da Ucrânia, que espero ver confirmada nas eleições;, disse, referindo-se ao pleito marcado para 25 de maio.
Vice-líder do partido Pátria, Turchinov, 49 anos, é braço direito de Yulia Tyimoshenko, que convocou os protestos contra o presidente deposto depois que ele se recusou a assinar um acordo com a UE e optar por uma aliança com a Rússia. A ex-magnata do gás e ex-primeira-ministra foi sentenciada, em 2011, a sete anos de prisão por ter usado, anos antes, o cargo que ocupara para lucrar com a venda do combustível. No sábado, o parlamento votou sua libertação, e ela sinalizou que pode concorrer à Presidência.
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