Agência France-Presse
postado em 24/02/2014 19:15
Washington - Os Estados Unidos evitaram nesta segunda-feira (24/2) apoiar plenamente o presidente interino da Ucrânia, Oleksander Turchynov, como legítimo governante do país, mas pediram por um governo técnico em Kiev, para promover eleições antecipadas.O porta-voz da Casa Branca, Jay Carney, destacou que o ex-presidente Viktor Yanukovytch "não estava realmente conduzindo o país", e que Washington não podia confirmar onde ele se encontra atualmente.
[SAIBAMAIS]Carney reconheceu que o Congresso ucraniano havia "elegido legalmente seu novo líder" e afirmou que a Casa Branca apoia os esforços para manter a situação política sobre controle e para "garantir que as instituições de governo funcionem".
O diplomata disse que o país está preocupado em promover um processo sem violência na Ucrânia, dando lugar a um governo tecnocrático e multipartidário, que possa ajudar a realizar eleições antecipadas.
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Também explicou que os Estados Unidos acreditam que o presidente russo, Vladimir Putin, com quem Obama conversou por telefone sobre a crise ucraniana na última sexta, tem interesse em assegurar uma transição pacífica em Kiev.
Carney afirmou que é "inteiramente apropriado" e que "não há contradição" no fato de o povo ucraniano estar interessado em uma integração maior com a União Europeia e, ao mesmo tempo, em manter o vínculo histórico e econômico com a Rússia.
Dois dias depois da destituição de Yanukovytch, que deixou o poder depois de três meses de violentas manifestações, os dirigentes que chegaram ao poder pretendem dar prioridade às relações com a UE, e não com a Rússia.
Moscou é o principal sócio comercial da Ucrânia, que depende quase que totalmente dos russos para obter seus recursos energéticos. Além disso, quase um quarto do comércio exterior da Ucrânia é com seu poderoso vizinho.