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Justiça dos EUA ordena retirada de vídeo antimuçulmano do YouTube

Decisão judicial responde a uma demanda da atriz Cindy Lee García, que havia pedido a retirada do vídeo do YouTube argumentando que tinha recebido ameaças de morte

Agência France-Presse
postado em 26/02/2014 19:01
Los Angeles - Uma corte de apelações americana ordenou que o Google retire de seu site YouTube o vídeo antimuçulmano que desencadeou uma onda de protestos em 2012, em uma decisão emitida nesta quarta-feira que reverte uma anterior de um tribunal distrital.

O Nono Circuito de Apelações "reverteu a resposta negativa de um tribunal de distrito (...) diante de um requerimento preliminar de retirar do YouTube.com" o vídeo "A inocência dos muçulmanos", determinou o veredito.

A decisão judicial responde a uma demanda da atriz Cindy Lee García, que havia pedido a retirada do vídeo do YouTube argumentando que tinha recebido ameaças de morte por sua participação no filme. Ela também afirmou que tinha sido enganada pelos produtores sobre o tema do vídeo.

"Embora participar de um filme amador de baixo orçamento raramente leve ao estrelato, também não é frequente que uma aspirante a atriz acabe sendo alvo de uma fatwa" (decreto religioso islâmico), disse o juiz Alex Kozinski em sua decisão de 37 páginas.

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"Mas isso é exatamente o que aconteceu com Cindy Lee García quando aceitou atuar em um filme que tinha como título título provisório ;Desert Warrior;" (Guerreiro do Deserto, em tradução livre), acrescentou.

García disse que foi enganada e que acreditava estar atuando para um filme ambientado há 2.000 anos, e que suas falas foram alteradas depois, na edição.

O filme amador e de qualidade duvidosa, que retrata o profeta Maomé como libertino e pedófilo, desencadeou uma onda de violentos protestos no Oriente Médio que deixaram dezenas de mortos em setembro de 2012.

O vídeo também foi inicialmente ligado ao ataque de 11 de setembro desse ano contra o consulado dos Estados Unidos em Benghazi, no qual morreram o embaixador na Líbia Chris Stevens e outros três americanos. Mas o vínculo não foi comprovado.

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