Caracas - Cinco agentes do serviço de inteligência venezuelano foram presos por suposto envolvimento na morte de dois manifestantes no protesto do dia 12 de fevereiro, em Caracas, aumentando para 14 o número de oficiais detidos, segundo o Ministério Público.
As vítimas foram Bassil Da Costa e Juan Montoya, segundo informou o órgão em comunicado. Os cinco agentes são acusados de "homicídio qualificado, uso indevido de arma, associação para cometer crimes e de obstrução da justiça para favorecer uma quadrilha", explica o documento.
Da Costa era um estudante que participava de um ato da oposição, enquanto Montoya era membro de uma organização simpatizante do chavismo.
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Na segunda, o Ministério Público anunciou a detenção de nove membros das forças de segurança por sua participação nas manifestações, entre eles três agentes do Sebin que usaram armas de fogo durante passeatas.
No dia 12 de fevereiro, estudantes e líderes da oposição protestaram para pedir a libertação de jovens presos em manifestações anteriores, no estado de Táchira (oeste). A partir desse dia, os protestos se expandiram para outras cidades do país, e os confrontos começaram, envolvendo grupos armados.
Apesar de terem perdido intensidade nos últimos dias, as manifestações deixaram ao menos 14 mortos e mais de cem feridos. As passeatas são realizadas conta a insegurança, a crise econômica, a escassez de alimentos e a repressão policial.