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Presidente interino da Ucrânia adverte frota russa contra agressão militar

A declaração foi feita depois que homens armados pró-Moscou tomaram o controle de prédios governamentais na capital desta península

Agência France-Presse
postado em 27/02/2014 09:00
Kiev - O presidente interino ucraniano advertiu nesta quinta-feira (27/2) a frota russa na Crimeia que vai considerar uma "agressão militar" qualquer movimento de tropas, depois que homens armados pró-Moscou tomaram o controle de prédios governamentais na capital desta península. "Qualquer movimento de tropas será considerado uma agressão militar", afirmou o presidente Olexander Turchynov no Parlamento.

A frota russa do Mar Negro está baseada na cidade de Sebastopol, na Crimeia. "O Kremlin quer destruir a integridade territorial da Ucrânia. A Rússia realiza uma guerra midiática contra a Ucrânia, ao apresentar os acontecimentos de maneira enganosa", acusou o nacionalista Oleg Tiagnibok, um dos líderes dos protestos que na semana passada provocaram a queda do presidente Viktor Yanukovytch.



[SAIBAMAIS]A Crimeia, com população majoritária de língua russa, é a região da Ucrânia onde as novas autoridades do país podem enfrentar mais resistências. A Rússia transferiu para a Ucrânia o controle da Crimeia em 1954, quando as duas repúblicas integravam a União Soviética. A frota russa do Mar Negro, no entanto, permaneceu posicionada no porto de Sebastopol quando a Ucrânia proclamou a independência, em 1991.

Dezenas de homens armados ocuparam na manhã desta quinta-feira em Simferopol a sede do Parlamento e do governo da Crimeia, península de língua russa do sul da Ucrânia, onde hastearam a bandeira russa. Quase 50 homens armados chegaram durante a noite ao edifício e impediram a entrado dos funcionários, informou à AFP o primeiro-ministro da Crimeia, Anatoli Mohilyov.

As autoridades locais vão tomar medidas, disse Mohilyov, sem apresentar detalhes. O ministro do Interior interino da Ucrânia, Arsen Avakov, anunciou que as forças policiais e especiais ucranianas estavam em aleta. "A medida pretende evitar um banho de sangue entre a população civil e a evolução da situação em confrontos armados", escreveu Avakov em sua página do Facebook.

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