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Portugal protesta contra austeridade imposta por União Europeia e FMI

Em Lisboa, ao menos 2 mil manifestantes caminharam até a residência oficial do primeiro-ministro, Pedro Passos Coelho, para exigir demissão

Agência France-Presse
postado em 27/02/2014 20:20
Milhares de portugueses protestaram na noite desta quinta-feira (27/2) nas cidades de Lisboa, Porto e Leiria contra as medidas de rigor orçamentário aplicadas no país por imposição da União Europeia (UE) e do Fundo Monetário Internacional (FMI).

Em Lisboa, ao menos 2 mil manifestantes, segundo a imprensa, caminharam até a residência oficial do primeiro-ministro, Pedro Passos Coelho, para exigir sua demissão.

Convocados pela principal confederação sindical de Portugal, a CGTP, os manifestantes denunciaram as medidas de rigor decididas com base no programa de recuperação financeira negociado por Portugal em maio de 2011 com a troica (UE, Banco Central Europeu e FMI).

Especialistas da Comissão Europeia, do Banco Central Europeu e do Fundo Monetário Internacional estão desde a quinta-feira passada em Lisboa para realizar um novo exame do plano de socorro à Portugal.



Os sindicatos questionam principalmente os cortes salariais no serviço público, a redução no valor das pensões e a falta de investimentos em saúde e educação.

"Tudo o que este governo e a troica deixam para os jovens é o caminho da emigração", denunciou Teresa Inácio, uma manifestante de 33 anos que perdeu seu emprego no setor turístico há cinco meses.

O plano de austeridade implementado há quase três anos contribuiu para o agravamento da recessão e disparou os níveis de desemprego, mas a economia portuguesa parece voltar ao caminho do crescimento econômico.

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