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Rússia pode enviar soldados à Crimeia para dar segurança a cidadãos russos

A medida depende da aprovação do presidente Vladimir Putin

Agência France-Presse
postado em 01/03/2014 09:50
Moscou - A Rússia poderá enviar soldados à Crimeia para garantir a segurança da fronta russa no mar Negro e dos cidadãos russos que vivem Nesta península do sul da Ucrânia - afirmou neste sábado a presidente do Senado russo, Valentina Matvienko.

"Para atender a um pedido do governo da Crimeia, é possível, inclusive, enviar um contingente limitado (de tropas) para garantir a segurança da fronta do mar Negro e dos cidadãos russos que vivem na Crimeia", declarou Matvienko, citada pela agência oficial de notícias russa, Ria Novosti.

Segundo a senadora, a medida depende da aprovação do presidente Vladimir Putin. "A decisão recai, é lógico, sobre o nosso presidente, que é o chefe das forças armadas. Levando em conta a atual situação, uma medida como essa não deve ser excluída. Nós devemos proteger os cidadãos", disse Matvienko a respeito do território no sul da Ucrânia onde a maioria de língua russa se opõe às novas autoridades de Kiev.



[SAIBAMAIS]A câmara baixa do Parlamento russo pediu a Putin que "proteja de todas as formas" a população da Crimeia contra "a arbitrariedade e a violência".

"Os deputados pedem que o presidente tome medidas para estabilizar a situação e proteger de todas as formas a população contra a violência na Crimeia", declarou o presidente da Casa, Serguei Narychkin.

"Hoje nós recebemos com muita inquietação a notícia de que grupos armados tentavam entrar em diferentes locais, em particular tentativas de tomar o prédio do ministério do Interior na Crimeia", disse.

"Está claro que essa postura visa desestabilizar o trabalho das autoridades locais, assim como a situação política na Crimeia".

Mais cedo neste sábado, o novo Primeiro-ministro da Crimeia, Sergii Aksionov, pediu a ajuda de Putin para restabelecer "a paz e a calma" na península ucraniana. O Kremlin informou logo depois que o pedido de ajudo não seria ignorado.

A sede do Parlamento da Crimeia parecia estar sitiado neste sábado, com a instalação de duas metralhadoras apontadas para o lado de fora na entrada do prédio. Homens uniformizados foram enviados para os arredores do local pela primeira vez desde o início das tensões no território do sul da Ucrânia, onde os pró-russos ganham cada vez mais espaço.

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