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Parlamento turco aprova lei que permite fechamento de colégios de Erdogan

Em uma sessão realizada na madrugada de sexta-feira, o Parlamento unicameral aprovou por 226 votos a favor e 22 contra esta nova lei, que fixa como data limite para o fechamento das escolas

Agência France-Presse
postado em 01/03/2014 17:30
Ancara - O Parlamento turco aprovou na sexta-feira (28/2) uma lei que permite fechar milhares de escolas particulares, em sua maioria administradas pelo influente pregador muçulmano, Fethullah Güllen, que se transformou em um forte rival do primeiro-ministro, Recep Tayyip Erdogan. A disputa entre Erdogan e seu ex-aliado Fethullah Gülen começou em novembro, quando o governo apresentou a ideia de fechar essas escolas, que são uma importante fonte de receitas para o movimento do pregador, Hizmet (Serviço).

Em uma sessão realizada na madrugada de sexta-feira, o Parlamento unicameral aprovou por 226 votos a favor e 22 contra esta nova lei, que fixa como data limite para o fechamento das escolas o dia 1; de setembro de 2015. As relações entre o chefe de governo e o pregador muçulmano, que vive nos Estados Unidos desde 1999 para escapar da justiça, se intensificaram nos últimos anos, culminando no caso das escolas privadas do movimento.

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O Hizmet, que se apresenta como um movimento mundial, social e cultural inspirado por ideais islamitas, conta com cerca de 4.000 escolas privadas na Turquia e mais de 500 em todo o mundo. O primeiro-ministro mostrou sua intenção em novembro de abolir um sistema educacional, segundo ele, ilegal e injusto, que "beneficia as famílias ricas das grandes cidades".

Desde o estouro de um escândalo de corrupção em dezembro, que sacode o partido governante, o primeiro-ministro acusa os partidários de Gülen na polícia e na justiça de estar por trás da onda de investigações contra o governo do Partido da Justiça e o Desenvolvimento (AKP). Este escândalo provocou a detenção de dezenas de pessoas próximas ao primeiro-ministro, acusadas de subornos, tráfico de ouro e negócios ilícitos com o Irã, assim como a queda de quatro ministros e uma remodelação ministerial.

Erdogan também acusa o pregador de querer desestabilizar seu governo antes das eleições municipais previstas para março e as presidenciais de agosto. Gülen nega estar envolvido nas investigações anticorrupção.

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