postado em 02/03/2014 06:04
A decisão da Câmara Alta do parlamento da Rússia de aprovar, por unanimidade, o pedido do Kremlin de usar forças militares em solo ucraniano, sob o pretexto de proteger cidadãos russos, causou preocupação da comunidade internacional e elevou o risco de uma ;Guerra Fria; entre Moscou e Washington. No início da noite de ontem, o presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, conversou durante 90 minutos com o colega russo, Vladimir Putin, e o acusou de violar a lei internacional. O americano pediu a ele que retire as tropas para bases na Crimeia e advertiu sobre o risco de Moscou se expor a um maior ;isolamento político e econômico;.
[SAIBAMAIS]Putin não se intimidou. Ele disse a Obama que tem o ;direito; de proteger os interesses na Ucrânia e evocou ;a verdadeira ameaça que pesa sobre a vida e a saúde dos cidadãos russos no território ucraniano;, além de ;ações criminais de ultranacionalistas apoiados pelas autoridades de Kiev;. As potências ocidentais temem pela soberania da ex-república soviética. Desde a véspera, militares russos se mobilizaram na região da Crimeia (sul) e tomaram o controle de pontos estratégicos.
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O Conselho de Segurança da ONU, onde os russos têm poder de veto, realizou, ontem, uma reunião extraordinária. A Ucrânia instou o organismo a deter a ;agressão; de Moscou. Os Estados Unidos aproveitaram a oportunidade para pedir o fim da intervenção. ;É tempo de a intervenção russa na Ucrânia acabar. Os militares devem se retirar;, disse a embaixadora americana nas Nações Unidas, Samantha Power.
Também ontem, durante reunião excepcional, o Senado russo aprovou o uso das ;Forças Armadas em território ucraniano até que se normalize a situação política no país;. O pedido enviado por Putin aos legisladores ressalta a ;ameaça à vida dos cidadãos russos; e sugere que o Kremlin poderia usar a frota no Mar Negro e outras tropas. A presidente da Câmara Alta, Valentina Matvienko, afirmou que vai sugerir a Putin que convoque o embaixador russo nos EUA, depois de Obama alertar que uma intervenção militar na Ucrânia teria ;custos;. ;A decisão será tomada pelo presidente, mas não temos o direito de expressar nosso ponto de vista;, observou.
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