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UE convoca reunião extraordinária de chefes de Estado sobre crise ucraniana

Os ministros condenam "a clara violação da soberania e integridade territorial da Ucrânia e os atos de agressão das Forças Armadas russas

Agência France-Presse
postado em 03/03/2014 16:39
Bruxelas - Os chefes de Estado e governo dos 28 países membros da União Europeia (UE) se reunirão na próxima quinta-feira em uma "cúpula extraordinária, com o objetivo de contribuir para frear a escalada" da Rússia na Ucrânia, indicou o presidente do Conselho Europeu, Herman Van Rompuy, em um comunicado.

Os ministros das Relações Exteriores da União Europeia se reuniram nesta segunda-feira (3/3) em Bruxelas e pediram que Moscou "retire imediatamente" as tropas até suas "posições permanentes", de acordo com os tratados assinados pela Ucrânia e Rússia relativos à frota do Mar Negro.

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[SAIBAMAIS]Na declaração comum ao final da reunião ministerial de hoje, os ministros condenam "a clara violação da soberania e integridade territorial da Ucrânia e os atos de agressão das Forças Armadas russas" na Crimeia.

"A UE convoca uma solução pacífica para a crise atual, e o pleno respeito aos princípios e obrigações da legislação internacional", acrescenta o texto, advertindo que, se a Rússia "não frear a escalada, a UE decidirá sobre as consequências nas relações bilaterais, como, por exemplo, as negociações sobre os temas relacionados aos vistos (...), e irá considerar medidas restritivas".

"Se não houver medidas rápidas e concretas para conter a escalada, será interrompida uma série de contatos", indicou, ao fim da reunião, o chanceler francês, Laurent Fabius, enquanto seu colega alemão, Frank-Walter Steinmeier, assinalou que, "se a Rússia decidir não contribuir de forma confiável e rápida para frear a escalada, teremos que tomar decisões que afetarão nossas relações com aquele país".

A chefe da diplomacia europeia, Catherine Ashton, a quem os ministros pediram que continue os contatos para "alcançar uma solução pacífica para a crise", irá se reunir amanhã, em Madri, com o chanceler russo, Serguei Lavrov.

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