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Ucrânia: Obama afirma que Rússia viola o Direito Internacional

O presidente americano advertiu que as potências mundiais estão unidas para dizer à Rússia que violou o Direito Internacional

Agência France-Presse
postado em 03/03/2014 17:04
Obama também alertou Moscou para a possibilidade de que sejam adotadas represálias pela intervenção na Crimeia
Washington
- O presidente americano, Barack Obama, advertiu nesta segunda-feira (3/3) que as potências mundiais estão unidas para dizer à Rússia que violou o Direito Internacional ao intervir militarmente e de forma equivocada na Ucrânia.



Segundo Obama, Moscou se colocou "do lado equivocado da História", ao mobilizar forças militares para a Crimeia, na Ucrânia, depois que o presidente pró-russo desse país, Viktor Yanukovytch, foi destituído após uma sangrenta revolta popular.

No início de uma reunião com o premier de Israel, Benjamin Netanyahu, no Salão Oval da Casa Branca, Obama afirmou: "acredito que o mundo esteja unido no fato de que as medidas adotadas pela Rússia representam uma violação da soberania da Ucrânia (...) e uma violação do Direito Internacional".

[SAIBAMAIS]O presidente dos Estados Unidos também alertou Moscou para a possibilidade de que sejam adotadas represálias pela intervenção na Crimeia, uma península russófona do sul da Ucrânia que abriga a frota russa do Mar Negro.

"Se continuarem com sua orientação atual, vamos examinar um conjunto de medidas - econômicas (e) diplomáticas - que isolarão a Rússia", frisou Obama.

As potências ocidentais já projetam sanções para punir a intervenção russa na Crimeia. Moscou garante, por sua vez, que está atuando apenas para proteger os civis de origem russa.

Essas declarações foram dadas depois que homens armados não identificados assumiram novas posições ao redor de instalações militares ucranianas na Crimeia, e no momento em que o novo governo de Kiev afirma que forças pró-Rússia cercam todas as bases ucranianas na península.

Nesta segunda, o Exército ucraniano disse que a Rússia lhe deu um ultimato para que se rendesse na Crimeia, sob pena de invadir essa península, onde Moscou em uma base naval.

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