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Chanceler denuncia 'campanha internacional de mentiras' contra a Venezuela

Série de protestos, durante o governo do presidente Nicolás Maduro, deixou 18 mortos

Agência France-Presse
postado em 03/03/2014 18:05
Genebra - O chanceler da Venezuela, Elias Jaua, denunciou nesta segunda-feira ao Conselho de Direitos Humanos da ONU, em Genebra, uma "campanha internacional de mentiras" contra o governo do presidente Nicolás Maduro, que enfrenta há um mês uma série de protestos, que deixou 18 mortos.

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Jaua questionou o papel da temática dos direitos humanos "para fazer avançar interesses políticos por parte de países poderosos", mas disse se sentir "obrigado a responder à campanha internacional de mentiras e falsidades que apresenta hoje a nossa pátria em situação de caos e guerra civil".

[SAIBAMAIS]"Esta campanha é orquestrada por poderosos laboratórios midiáticos nacionais e internacionais (...) usados para levar adiante uma guerra psicológica sistemática" contra o país caribenho.

"Amplificam-se todas as notícias negativas que saem da Venezuela, e se diz e repete que há uma repressão brutal a manifestantes pacíficos", expôs o ministro, que defendeu a atuação dos órgãos de segurança do Estado.

Dos 18 mortos, indicou, "em apenas três casos se presume a atuação ilegal de policiais, que foram colocados sob a ordem dos tribunais de Justiça".

Por isso, segundo Jaua, "a comunidade internacional tem que saber que a natureza dessa agressão à democracia é política e ideológica, e que seu objetivo é a derrubada de um governo estabelecido legitimamente".

Ao ser questionado pela AFP sobre as supostas tentativas de derrubar Maduro, sucessor do falecido esquerdista Hugo Chávez, Jaua apontou o líder opositor Leopoldo López, que se entregou às autoridades a poucos dias do início dos protestos.

"Há uma corrente que exerce a violência permanentemente, e um de seus principais líderes foi preso pelas autoridades competentes. O senhor Leopoldo López é o maior expoente dessa espiral de violência", afirmou o chanceler venezuelano.

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