Mundo

Crise na Ucrânia: Tymoshenko pede sanções econômicas contra Rússia

Ainda debilitada após três anos de detenção, Yulia reiterou seu pedido aos países ocidentais para que ajudem a Ucrânia, diante da ação russa na Crimeia

Agência France-Presse
postado em 04/03/2014 15:42
Roma - A ex-primeira-ministra da Ucrânia Yulia Tymoshenko reivindicou "sanções econômicas" contra a Rússia, se "continuar a escalada de violência" - em entrevista transmitida nesta terça-feira pelo canal de notícias italiano Sky TG24. "Devem-se impor sanções econômicas à Rússia, sobretudo, se continuar a escalada de violência", defendeu.

[SAIBAMAIS]Ainda debilitada após três anos de detenção, Yulia reiterou seu pedido aos países ocidentais para que ajudem a Ucrânia, diante da ação russa na Crimeia.

"Peço aos países do Ocidente que intervenham firmemente, do ponto de vista diplomático, com o objetivo de ajudar a Ucrânia, porque meu país é muito fraco frente à Rússia", acrescentou. "O diálogo direto é impossível, depois da agressão militar (em referência a Moscou) que a Ucrânia acaba de sofrer", afirmou.

Ela também pediu às Nações Unidas e aos líderes mundiais que "continuem os esforços de mediação e negociação" com a Rússia. "Estou convencida de que Estados Unidos, Reino Unido e União Europeia vão fazer respeitar o Tratado de Budapeste, e nós vamos ajudar para que o Direito Internacional seja cumprido", insistiu.

Leia mais notícias em Mundo


Em 1994, Rússia, Estados Unidos e Grã-Bretanha se ofereceram como países garantes da integridade territorial da Ucrânia quando a ex-república soviética renunciou às armas nucleares.

Julgada por abuso de poder, a ex-premier e líder pró-europeia do partido da Revolução Laranja, de 53 anos, foi solta em 22 de fevereiro por ordem do então presidente Viktor Yanukovytch, seu adversário na eleição presidencial de 2010.

Em 2011, ela foi condenada a sete anos de prisão, uma sentença considerada política para vários analistas. "A revolução não terminou. Ainda lutamos, e as grandes mudanças estão por acontecer", completou.

Tags

Os comentários não representam a opinião do jornal e são de responsabilidade do autor. As mensagens estão sujeitas a moderação prévia antes da publicação