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Santos formaliza candidatura à reeleição na Colômbia, com foco na paz

"Temos que terminar a tarefa, temos que seguir o caminho, porque temos feito muito, mas há muito, muitíssimo a fazer", declarou, em um breve discurso

Agência France-Presse
postado em 04/03/2014 20:53

Bogotá - O presidente da Colômbia, Juan Manuel Santos, que negocia um acordo de paz com os rebeldes das Farc, formalizou nesta terça-feira sua candidatura à reeleição no pleito de maio, com a promessa de "concluir a tarefa pendente".

Acompanhado da família e de militantes da coalizão governista, Santos, 62, registrou sua campanha ante a autoridade eleitoral junto a seu candidato à vice-presidência, o ex-ministro e líder da direita Germán Vargas.

[SAIBAMAIS]"Temos que terminar a tarefa, temos que seguir o caminho, porque temos feito muito, mas há muito, muitíssimo a fazer", declarou, em um breve discurso.

Santos, que lidera as pesquisas de intenção de voto em um grupo de seis pré-candidatos, embora com menos do que os 50% que lhe permitiriam evitar o segundo turno em meados de junho, disse estar preparado para "entregar ao país prosperidade para todos e a paz".

O governo Santos, no poder desde 2010, negocia desde novembro de 2012 um acordo com as Forças Revolucionárias Armadas da Colômbia (Farc) para pôr fim ao conflito armado interno mais longo do continente, com cinco décadas de duração, que já deixou milhares de mortos e levou ao deslocamento de milhões de pessoas.



Santos aspira a ser reeleito nos comícios de 25 de maio para um novo mandato, que terminaria em 2018. A Constituição do país prevê a reeleição consecutiva para apenas um mandato, de quatro anos.

"Conseguimos avançar, conseguimos começar a transformar a Colômbia", declarou Santos, que reivindica várias conquistas econômicas e sociais, embora sua principal carta de apresentação seja o processo de paz que negocia com as Farc em Havana.

Santos conta com o apoio de uma coalizão de partidos de centro e direita, que também buscará a maioria parlamentar nas eleições legislativas do próximo domingo, consideradas um teste para as eleições presidenciais.

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