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Reino Unido nega visto a agente cubano liberado pelos Estados Unidos

O agente, que cumpriu 13 anos de prisão, deveria comparecer a um evento internacional, em Londres

Agência France-Presse
postado em 05/03/2014 12:09
Havana - O Reino Unido negou o visto ao agente cubano René González, liberado em outubro pelos Estados Unidos após cumprir 13 anos de prisão, que deveria comparecer em Londres a um evento internacional, informou nesta quarta-feira (5/3) o jornal Juventud Rebelde. "O governo do Reino Unido negou o visto ao antiterrorista cubano René González, convidado pela Comissão Internacional de Investigação sobre o caso dos Cinco (agentes cubanos), que acontecerá nos dias 7 e 8 de março em Londres", afirma o jornal.


González, de 55 anos, recebeu a notificação britânica "poucas horas antes de embarcar em seu voo de Havana a Londres", completa. "Em sua carta de recusa, a agência de imigração do Reino Unido e a agência de visto alegaram que a negativa se deve ao ponto 320 (2b) da Lei de Imigração, que estipula a proibição da entrada no país de uma pessoa que foi condenada a mais de quatro anos de prisão". O governo britânico não considera a presença de González à Comissão Internacional razão suficiente para justificar o visto. Os cinco agentes cubanos, detidos em 1998 e condenados em 2001, foram julgados como parte da rede Avispa, um grupo de mais de 40 agentes de inteligência cubanos e colaboradores que operavam no sul da Flórida. Outras cinco pessoas fecharam acordos extrajudiciais. Cuba os considera agentes para vigiar grupos anticastristas com base nos Estados Unidos, mas nega atos de espionagem.


Outro condenado, Fernando González, de 50 anos, retornou a Havana há quase um ano, depois de cumprir a sentença de 15 anos. Os três agentes que permanecem na prisão são Gerardo Hernández, condenado a duas penas de prisão perpétua mais 15 anos; Ramón Labañino (30 anos de prisão) e Antonio Guerrero (21 anos e 10 meses). Cuba sugeriu ao presidente Barack Obama um troca dos cubanos pelo americano Alan Gross, preso na ilha desde dezembro de 2009, mas a opção foi descartada por Washington, que exige a libertação incondicional.

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