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Osce vai enviar 35 observadores militares não armados à Ucrânia

A decisão de enviar observadores foi tomada durante uma reunião especial do Conselho Permanente e do Fórum de Segurança e Cooperação da Osce

A Organização para a Cooperação e Segurança na Europa (Osce) vai enviar nesta quarta-feira (5/3) 35 observadores militares para a Ucrânia para verificar "atividades militares não usuais". O mandato dos peritos está estabelecido no Capítulo 3 do Documento de Viena, que permite acolher voluntariamente visitas de observadores para "tratarem de atividades militares não usuais", explicou a OSCE num comunicado divulgado nesta quarta-feira.

A decisão de enviar observadores foi tomada durante a noite numa reunião especial do Conselho Permanente e do Fórum de Segurança e Cooperação da Osce.



A Ucrânia tinha pedido aos outros 56 países da Osce para enviar militares entre os dias 5 e 12 deste mês ao seu território, começando pela cidade de Odessa, naquela que é a primeira aplicação do mecanismo previsto no Documento de Viena.

Entre os 19 países que vão enviar observadores estão os Estados Unidos, o Canadá, a França, o Reino Unido, a Alemanha, a Polônia e a Turquia. "Ao oferecer uma análise objetiva do que se passa no território, a Osce poderá fomentar melhor uma solução política para a atual crise através do diálogo", explicou o secretário-geral da organização, o italiano Lamberto Zannier.

[SAIBAMAIS]Para um amplo mandato, que permita o envio de centenas de peritos, a Osce precisa de uma decisão consensual entre os 57 países do grupo, ou seja, não só da Rússia, mas também dos seus tradicionais aliados, como a Bielorússia.

A Osce é um organismo que tem as origens no diálogo entre o Leste e o Ocidente durante a Guerra Fria e seus principais objetivos são a prevenção dos conflitos e o fomento da democracia e do Estado de direito.