postado em 07/03/2014 13:42
O Serviço de Fronteiras da Ucrânia (SGU) informou nesta sexta-feira (7/3) que Moscou já deslocou cerca de 30 mil de seus soldados para a República Autônoma da Crimeia. O diretor de Recursos Humanos do SGU, Mikail Koval, não informou, no entanto, quantos soldados ucranianos estão na Crimeia, mas assegurou que todos os agentes de fronteiras e das forças armadas da Ucrânia na região permanecem em seus postos.O Conselho Superior da Crimeia (Parlamento regional) adotou nessa (6/3) uma medida que possibilita sua reunificação com a Rússia, da qual fez parte até 1954, e convocou um referendo sobre o assunto para o dia 16 de março.
Em Kiev, o presidente interino da Ucrânia, Oleksandr Turchinov, reagiu duramente aos eventos registrados na Crimeia, referindo-se à consulta popular como ;ilegal e ilegítima;. Ainda segundo ele, o governo estuda uma forma de dissolver o Parlamento da Crimeia.
[SAIBAMAIS]O secretário-geral adjunto das Nações Unidas para os Direitos Humanos, Ivan Simonovic, que chegou ontem à Ucrânia, viajará para a Crimeia e tentará visitar outras localidades no Leste do país. Ele contará com a ajuda de sete especialistas em direitos humanos, dois dos quais já estão na Ucrânia. Os demais devem chegar em Kiev no fim de semana.
A visita de Simonovic, antigo ministro da Justiça croata, acontece depois de Robert Serry, enviado especial do secretário-geral da Organização das Nações Unidas para a crise na Crimeia, ter sido obrigado a abandonar a península após um episódio com homens armados.
As autoridades locais da Crimeia, no sul da Ucrânia, não reconhecem o novo governo de Kiev e defendem o regresso ao poder do presidente deposto Viktor Ianukovich, entretanto internado em estado grave num hospital de Moscovo por ter sofrido um enfarte.
A crise política na Ucrânia começou a 21 de novembro, com a contestação popular da decisão do Presidente de suspender a aproximação à Europa e reforçar os laços com a Rússia.