Agência France-Presse
postado em 10/03/2014 11:52
Madri - Dez anos depois dos atentados islamitas de 11 de março de 2004 em Madri, o governo espanhol considera que atualmente existe um "risco provável" de atentado na Espanha, que se prepara para homenagear na terça-feira os 191 mortos nos ataques.Para o ministro, o nível de alerta está atualmente na categoria 2, o que significa um "risco provável" de atentado terrorista. "Este nível 2 não foi alterado nos últimos anos", disse o ministro. Em 11 de março de 2004, quatro bombas explodiram em quatro trens lotados em Madri e seus arredores. Os atentados deixaram 191 mortos e quase 1.900 feridos.
O então primeiro-ministro conservador José María Aznar atribuiu em um primeiro momento a autoria do atentado ao grupo separatista basco ETA, apesar de um um grupo vinculado à Al-Qaeda ter reivindicado no mesmo dia o ataque, o mais violento em território espanhol.
A obstinação do governo em apontar o ETA como culpado influenciou na derrota poucos dias depois do Partido Popular (PP) nas eleições legislativas, vencidas pelo socialista José Luís Rodríguez Zapatero. "Houve um momento em que todo mundo pensou no ETA, porque era o terrorismo que estávamos sofrendo há muito tempo na Espanha", declarou Fernández Díaz.
"O terrorismo jihadista era, pensávamos de maneira equivocada, um tanto distante", completou. O ministro recordou que os principais autores dos atentados se mataram com explosivos em 3 de abril de 2004, quando estavam cercados pela polícia em um apartamento de Leganés, nas proximidades de Madri.