Agência France-Presse
postado em 11/03/2014 10:13
Nablus - Um palestino morreu nesta terça-feira (11/3) perto de Tulkarem, Norte da Cisjordânia, depois que soldados israelenses abriram fogo contra um automóvel, anunciaram fontes das forças de segurança. Não foi possível determinar em um primeiro momento se o palestino, Fidaa Magidba, que não teve a idade divulgada, morreu em consequência dos tiros ou ao virar o carro em uma valeta.Uma fonte policial citou um "acidente de trânsito" entre dois automóveis "aparentemente roubados" na mesma região, no qual morreu outro palestino que não tinha documentos de identidade. Soldados israelenses mataram na noite de segunda-feira (10/3) um manifestante palestino em uma estrada ao nordeste de Ramallah, na Cisjordânia ocupada.
Poucas horas antes, soldados israelenses mataram um juiz palestino-jordaniano de 38 anos na fronteira entre Cisjordânia e Jordânia, o que provocou muitas críticas da Autoridade Palestina e da Jordânia, que exigiram a abertura de uma investigação. Segundo um comunicado divulgado nesta terça-feira (11) pelo exército israelense, o juiz tentou "estrangular" um militar.
"Um palestino tentou roubar a arma de um soldado israelense e forçou os outros soldados presentes a responder com tiros nas pernas. O suspeito começou em seguida a estrangular um soldado e obrigou os soldados a abrir fogo outra vez", afirma o comunicado. Antes de morrer, o "terrorista" avançou contra um grupo de soldados aos gritos "Alá Akbar" ("Deus é grande") e com uma barra de ferro, completa a nota militar.
A Anistia Internacional acusou em fevereiro Israel pela morte, nos últimos três anos na Cisjordânia, de 45 civis palestinos que "não pareciam apresentar uma ameaça imediata e directa contra os soldados israelense" e denunciou um "desprezo pela vida humana". O exército israelense rebateu a acusação e destacou que a organização de defesa dos direitos humanos não entende os "desafios que enfrenta na Judeia Samaria" (Cisjordânia).