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Netanyahu descarta acordo com palestinos sem reconhecimento de Estado judeu

O primeiro-ministro israelense fez as declarações um dia após uma reunião do Conselho Revolucionário do Fatah, o movimento nacionalista do presidente da Autoridade Palestina Mahmud Abbas

Agência France-Presse
postado em 11/03/2014 10:31

Jerusalém - O primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu, advertiu nesta terça-feira (11/3) que não aceitará um acordo de paz com os palestinos sem que eles reconheçam Israel como "Estado judeu" e renunciem "ao direito ao retorno" dos refugiados. "Não apresentarei um acordo (aos israelenses) que não preveja a abolição do direito ao retorno e não inclua um reconhecimento por parte dos palestinos do Estado do povo judeu", afirmou Netanyahu, cujas declarações em uma reunião do grupo parlamentar do Likud, seu partido, foram divulgadas pela rádio pública.

Netanyahu: os palestinos não dão nenhum sinal de que têm a intenção de concluir um acordo justo e aplicável
"São condições básicas justas e vitais do ponto de vista de Israel", ressaltou o primeiro-ministro. Netanyahu também se mostrou pessimista sobre as possibilidades de alcançar um acordo com os palestinos nas negociações de paz mediadas pelo secretário de Estado americano, John Kerry. "À luz das últimas declarações dos palestinos, nos afastamos de um acordo devido aos palestinos (...) Os palestinos não dão nenhum sinal de que têm a intenção de concluir um acordo justo e aplicável", acusou o chefe de Estado.



Netanyahu fez as declarações um dia após uma reunião do Conselho Revolucionário do Fatah, o movimento nacionalista do presidente da Autoridade Palestina Mahmud Abbas, que aprovou por aclamação na noite de segunda-feira (10/3) sua rejeição em reconhecer Israel como Estado judeu. Abbas assegurou em um discurso que aos 79 anos não ia "ceder sobre os direitos de seu povo nem trair sua causa", antes de uma viagem aos Estados Unidos, onde no dia 17 de março será recebido pelo presidente Barack Obama.

Os palestinos rejeitam categoricamente reconhecer Israel como Estado do povo judeu, alegando que já reconheceram o Estado de Israel em 1993 e que isso equivaleria a renunciar sem contrapartida ao direito ao retorno dos refugiados, assim como a sua própria história.

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