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Grupo jihadista ameaça o presidente francês François Hollande

A França atuou ano passado na República Centro-Africana, que entrou em uma situação de caos após a destituição em março de 2013 do regime de François Bozizé

Agência France-Presse
postado em 11/03/2014 12:38
Dubai - Um grupo de jihadistas ameaçou de morte o presidente francês, François Hollande, em resposta à intervenção de Paris no Mali e na República Centro-Africana, em um comunicado publicado em um site islamita. "Aos nossos lobos solitários na França, executem a cabeça do ateísmo e da criminalidade. Aterrorizem seu maldito governo, que explodam e que vivam o horror", afirma o texto divulgado no site "A plataforma midiática dos mujahedines", ligado à Al-Qaeda.

A ameaça a Hollande é uma resposta à intervenção de Paris no Mali e na República Centro-Africana
"Nem Hollande, nem seus soldados estarão em paz na França até que os muçulmanos do Mali e da República Centro-Africana vivam de forma concreta em sua casa", completa. A nota acusa a França de "executar e apoiar a limpeza étnica e as cruzadas criminosas contra os muçulmanos na África Central". Também pede a seus partidários na França para que "retomem o caminho de Mohamed Merah e desencadeiem a guerra na França até o fim total das agressões no Mali e na República Centro-Africana".



Mohamed Merah é o jihadista franco-argelino que matou em março de 2012 três militares, três crianças e um professor judeus no sudoeste da França. "Não vamos nos calar", prometem os autores do texto, que ameaçam provocar "explosões e assassinatos" em território francês. Hollande reagiu, segundo sua equipe, com a recordação de que não eram as primeiras ameaças deste tipo, mas recomendou máxima vigilância.

A França atuou ano passado na República Centro-Africana, que entrou em uma situação de caos após a destituição em março de 2013 do regime de François Bozizé por parte da coalizão rebelde Seleka, de maioria muçulmana. Também realiza uma operação militar no Mali, denominada "Serval", desde 11 de janeiro de 2013 para acabar com ocupação do norte do país por grupos islamitas vinculados à Al-Qaeda que ameaçavam avançar para o sul e até a capital Bamako.

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