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Boeing 777 desaparecido pode ter voado por 4 horas após último contato

As buscas cobrem atualmente 27 mil milhas náutica, quase 90 mil quilômetros quadrados

Agência France-Presse
postado em 13/03/2014 07:48
Washington - O Boeing 777 da Malaysia Airlines, desaparecido desde sábado, pode ter voado durante quatro horas após o último contato, segundo investigadores americanos citados pelo Wall Street Journal, o que aumenta ainda mais o mistério. A aeronave poderia ter viajado por centenas ou milhares de quilômetros depois do último contato com os controladores aéreos a 1H30 de sábado (14H30 de Brasília, sexta-feira), uma hora depois de ter decolado de Kuala Lumpur com destino a Pequim.

O controle aéreo perdeu o contato com o avião, que transportava 239 pessoas, entre a costa oriental da Malásia e o sul do Vietnã. Os investigadores americanos, que pediram anonimato, baseiam a hipótese nos dados transmitidos automaticamente pelos motores Rolls Royce, que equipavam o Boeing desaparecido.

[SAIBAMAIS]Assim, apesar da possibilidade do sistema de rádio ser intencionalmente cortado a bordo, este sistema de transmissão automática poderia permitir revelar o mistério sobre o destino do avião. "As autoridades americanas de combate ao terrorismo exploram a pista segundo a qual um piloto ou alguém a bordo pode ter desviado (o avião) para um destino secreto, depois de cortar intencionalmente os equipamentos de transmissão (emissor-receptor rádio), afirma o Wall Street Journal, que cita um investigador que trabalha no caso.



O avião poderia assim ter sido desviado ou sequestrado "com a intenção de ser utilizado mais tarde com outros objetivos", acrescenta o jornal. A New Scientist também faz referência ao fato de que a Rolls Royce recebeu automaticamente duas séries de dados do voo MH370 (na decolagem e na fase de elevação) em seu centro de vigilância em tempo real de motores, situado em Derby, na Grã-Bretanha.

As buscas cobrem atualmente 27.000 milhas náuticas (quase 90.000 quilômetros quadrados, o que praticamente equivale à superfície de Portugal). Doze países, incluindo Estados Unidos, China e Japão, participam nas operações, com 42 navios e 39 aviões, além do uso de satélites.

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