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Primeiro-ministro turco acusa oposição de "aterrorizar as ruas"

Durante a inauguração de uma nova linha de metrô em Ancara, Erdogan também havia criticado os manifestantes, acusados pela destruição de uma unidade do Partido da Justiça e Desenvolvimento

Agência France-Presse
postado em 13/03/2014 13:44
Ancara - O primeiro-ministro turco Recep Tayyip Erdogan acusou nesta quinta-feira a oposição, os meios de comunicação e os empresários de "aterrorizar as ruas", antes das eleições municipais de 30 de março, após confrontos entre policiais e manifestantes. "Tentam obter resultados provocando e aterrorizando as ruas", disse Erdogan durante um comício em Mersin, sul do país.

Mais cedo, durante a inauguração de uma nova linha de metrô em Ancara, Erdogan também havia criticado os manifestantes, acusados pela destruição na quarta-feira de uma unidade do Partido da Justiça e Desenvolvimento (AKP). "Pensava que vocês eram democratas, partidários das liberdades", disse Erdogan.

"São charlatães, não são honrados, não têm nada a ver com a democracia, não acreditam nas urnas. Mas tenho certeza de que nossos irmãos em Ancara e na Turquia darão a resposta necessária em 30 de março", completou. Novos confrontos entre policiais e manifestantes foram registrados na quarta-feira, durante o funeral de um jovem de 15 anos, que foi ferido em junho do ano passado pela polícia em um protesto contra o governo.



A polícia atuou em Ancara, Izmir e Istambul com gás lacrimogêneo e jatos d;água, para dispersar manifestantes que criticavam Erdogan. Em Istambul, a intervenção policial aconteceu pouco depois do funeral de Berkin Elvan, que teve a presença de dezenas de milhares de pessoas, que criticaram o governo.

A polícia atuou no bairro de Osmanbey, quando centenas de pessoas seguiam para a praça Taksim, local emblemático dos protestos contra Erdogan ano passado. Mais tarde os manifestantes criaram barricadas e queimaram pneus. Desde as manifestações de 2013, que mataram oito pessoas, incluindo Berkin Elvan, que passou nove meses em coma, o governo proíbe protestos na praça de Taksim.

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