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Investigadores do caso Pistorius contaminaram arma do crime, disse policial

Além disso, Van Rensburg, que dirigia na época uma delegacia próxima ao local do crime, lamentou o desaparecimento de um relógio do atleta avaliado em 7 mil euros

Agência France-Presse
postado em 14/03/2014 12:29
Pretoria - Os oficiais enviados à casa de Oscar Pistorius para investigar a morte de sua namorada, Reeva Steenkamp, no dia de São Valentim de 2013 manipularam sem luvas a arma do crime, confessou nesta sexta-feira um policial.

"O especialista em balística manipulava a arma sem luvas. Já havia retirado o tambor", declarou Giliam van Rensburg, um funcionário que abandonou a polícia no fim de 2013. "Eu perguntei a ele: ;O que você está fazendo?;, e ele respondeu ;Sinto muito;, colocou a arma em seu lugar e então tirou as luvas do bolso", acrescentou.

[SAIBAMAIS]Além disso, Van Rensburg, que dirigia na época uma delegacia próxima ao local do crime, lamentou o desaparecimento de um relógio do atleta avaliado em 7 mil euros. "Como pode ter desaparecido?", afirmou o ex-policial a sua equipe na época. O ex-policial também explicou que mandou transferir ao seu gabinete a porta do banheiro através da qual Pistorius atirou quatro vezes contra Reeva Steenkamp, para guardá-la em um local seguro.

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Durante a transferência em sacos mortuários, os fragmentos instáveis da porta se moviam, indicou Van Rensburg, acrescentando que o lacre da porta havia sido rompido dez dias depois, quando a defesa quis examiná-la. O policial considerou surpreendentes as diferenças nas versões policiais. A ação dos investigadores já foi colocada em questão no ano passado durante as audiências prévias à libertação sob fiança de Pistorius.

O chefe dos inspetores, Hilton Botha, havia admitido, antes de ser afastado da investigação, que os investigadores caminharam na cena do crime sem tomar as medidas de proteção adequadas. A defesa acusou nesta sexta-feira Van Rensburg de construir seu testemunho para evitar a declaração de Botha, que poderia ser prejudicial para a acusação.

A juíza Thokozile Masipa é a encarregada de avaliar se a falta de cuidado da polícia é tão importante para levar em conta ou não as provas apresentadas. Esta sexta-feira marca o décimo dia do processo de Pistorius, acusado do assassinato de sua namorada, a modelo Reeva Steenkamp, de 29 anos. Espera-se que o julgamento, realizado em Pretória, se prolongue para além de 20 de março, como estava previsto inicialmente.

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