A reunião foi convocada para as 12H00 (de Brasília) a pedido dos Estados Unidos e os diplomatas acreditam que a Rússia vetará a resolução de acordo com algumas fontes consultadas pela AFP.
[SAIBAMAIS]Já a posição da China, que se alinha com frequência com Moscou nesse órgão da ONU, particularmente nas votações sobre a Síria, é mais incerta, porque "os chineses estão em apuros", explicou um diplomata ocidental.
Esse diplomata afirmou que os dois princípios que têm sido repetidos pelo embaixador chinês há seis reuniões do Conselho dedicadas à crise ucraniana foram a não ingerência e o respeito da integridade territorial. Esta última pode ficar comprometida, segundo os diplomatas ocidentais, com a votação do domingo.
"O único propósito dessa resolução é obter uma abstenção da China e destacar o isolamento crescente da Rússia", comentou outro diplomata.
O projeto de resolução foi redigido pelos Estados Unidos em termos comedidos, visando a aprovação da China. O texto não cita diretamente a Rússia e não pede, explicitamente, a retirada de suas forças militares da Crimeia. Também não faz referência a sanções.
Nesta sexta-feira, o secretário de Estado americano, John Kerry, estimou ser improvável que o presidente russo, Vladimir Putin, tome alguma decisão para frear a escalada na Ucrânia até a realização sobre o referendo da adesão da Crimeia.
"Uma vez seja realizado o referendo, Putin tomará uma decisão" sobre os passos seguintes, afirmou Kerry, insistindo que nem os Estados Unidos nem a comunidade internacional "reconhecerão os resultados do referendo".