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Estados Unidos reafirmam que consideram ilegal referendo na Crimeia

Kerry disse que Washington não reconhecerá os resultados do referendo, ao mesmo tempo que exigiu de Moscou apoio às reformas constitucionais previstas pela Ucrânia e o retorno dos soldados para as bases

Agência France-Presse
postado em 16/03/2014 15:24
Manifestantes protestam contra o referendo na Crimeia, em frente à embaixada russa no centro de Londres
Washington
- Os Estados Unidos rejeitaram fortemente neste domingo o referendo no qual os habitantes da Crimeia votaram a favor da separação da Ucrânia, e classificaram as ações da Rússia na crise como "perigosas e desestabilizadoras".

"Este referendo é contrário à Constituição da Ucrânia, e a comunidade internacional não reconhecerá os resultados desta votação realizada sob ameaças de violência e intimidação por parte da intervenção militar russa que viola as leis internacionais", declarou o porta-voz da Casa Branca, Jay Carney.

O comunicado da Casa Branca foi divulgado logo depois que as autoridades pró-Moscou da Crimeia anunciaram que as urnas mostravam 93% dos votos a favor anexação da região à Rússia.


[SAIBAMAIS]"Os Estados Unidos têm apoiado firmemente a independência, a soberania e a integridade territorial da Ucrânia desde que ela declarou a sua independência, em 1991, e rejeitamos o ;referendo; realizado hoje (domingo) na região ucraniana da Crimeia", disse Carney.

Carney ressaltou que a Rússia desdenhou dos apelos da Ucrânia e da comunidade internacional, aumentando sua intervenção militar na Crimeia e iniciando exercícios militares na fronteira oriental da Ucrânia.

"As ações da Rússia são perigosas e desestabilizadoras", disse o porta-voz da Casa Branca.

"Como os Estados Unidos e nossos aliados deixaram claro, a intervenção militar e a violação das leis internacionais levarão a um aumento dos custos para a Rússia - não apenas devido às medidas impostas pelos Estados Unidos e por seus aliados, mas também como um resultado direto das ações desestabilizadoras da Rússia", disse.

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