O governo japonês pediu hoje à Rússia para não anexar a Crimeia, um dia depois do referendo que aprovou a separação da República Autônoma da Ucrânia. "O nosso país não aprova o resultado" do referendo, pelo qual mais de 95% dos eleitores aprovaram a reunificação da península ucraniana com a Rússia, disse o porta-voz do governo japonês, Yoshihide Suga, em entrevista.
Ele acrescentou que o Japão ;vai pedir vigorosamente à Rússia que respeite a integridade do seu território, não anexando a Crimeia". Ele embrou que Tóquio vai cooperar com os outros países do G7 no que diz respeito à Crimeia. O jornal econômico Nikkei informou que as autoridades japonesas estudam a possibilidade de aplicar sanções contra a Rússia.
[SAIBAMAIS]
O primeiro-ministro separatista da Crimeia, Serguei Axionov, comentou nesse domingo o resultado do referendo, destacando, diante de uma multidão em Simferopol, que a população iria regressar à casa. "A Crimeia vai para a Rússia", disse, antes de ouvir o hino russo com milhares de pessoas concentradas na Praça Lenine, na capital da península do Sul da Ucrânia, e com um coro vestido de marinheiros da frota russa do Mar Negro.
O entusiasmo começou quando foram anunciados os resultados preliminares do referendo, pelos quais 95,5% dos eleitores se pronunciaram a favor da reunificação da Crimeia à Federação Russa, quando estavam contados 50% dos votos.