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Manifestantes do Greenpeace invadem central nuclear no Leste de França

O protesto do Greenpeace ocorre antes de uma reunião dos líderes europeus para discutir o futuro da política energética do continente

postado em 18/03/2014 07:54
Dezenas de ativistas da organização não governamental Greenpeace ocuparam nesta terça-feira (18/3) uma central nuclear no Leste de França. A informação foi divulgada, em nota, pelo Greenpeace. Os ativistas ocuparam a fábrica de Fessenheim e penduraram uma faixa com a frase "Parem de arriscar a Europa", em um dos reatores, a fim de "denunciar o risco da energia nuclear francesa" para todo o continente. Na última ocupação desse tipo, o Greenpeace alegou falhas de segurança nas instalações atômicas.

Os ativistas penduraram faixa com a frase

[SAIBAMAIS]Um porta-voz da EDF ; a empresa de energia estatal francesa que controla a central nuclear - disse que o local está funcionando, apesar da ocupação, e garantiu que ;as ações não terão qualquer impacto no funcionamento da central, que opera normalmente;. Segundo a mesma fonte, a polícia deteve 56 ativistas, mas 20 permaneceram na cúpula de um dos reatores. Um helicóptero da polícia sobrevoa a área.

A França, um dos países do mundo mais dependentes de energia nuclear, opera 58 reatores e é um dos defensores internacionais da energia atômica. Em 2012, antes das eleições presidenciais e em acordo com Os Verdes, o partido socialista do presidente François Hollande prometeu reduzir a dependência da energia nuclear de mais de 75% para 50%, fechando 24 reatores até 2025.



Entre as centrais, Hollande prometeu fechar a Fessenheim, ocupada hoje, até o fim de 2016. A central, localizada às margens do Rio Reno, fica perto das fronteiras suíça e alemã e é vulnerável à atividade sísmica e a cheias.

O protesto do Greenpeace ocorre antes de uma reunião dos líderes europeus para discutir o futuro da política energética do continente. Os ativistas do Greenpeace querem que Hollande e a chanceler alemã, Angela Merkel, forcem a Europa a uma transição energética real, reclamando que a França usa demais a energia nuclear, e a Alemanha o carvão.

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