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De forma violenta, quinhentos imigrantes entram ilegalmente na Espanha

Governo afirmou que os imigrantes tiveram uma atitude extremamente agressiva, ao jogar pedras e paus contra as forças de segurança

Agência France-Presse
postado em 18/03/2014 12:39

Imigrantes se reúnem no pátio de um centro de detenção temporária de imigrantes depois de cruzar a fronteira do Marrocos ao enclave norte-Africano da Espanha de Melilla

Madri - Cerca de 500 imigrantes conseguiram entrar nesta terça-feira no enclave espanhol de Melilla, ao norte do Marrocos, em um dos maiores ;ataques; dos últimos anos, segundo o delegado do governo da cidade, Abdemalik el Barkani.

O ataque, descrito como "violento" por Barkani, aconteceu na madrugada desta terça-feira, quando cerca de mil imigrantes subsaarianos tentaram pular a cerca tripla na fronteira de Melilla.

[SAIBAMAIS]O grupo, "ajudado pelo mau tempo e a presença de nevoeiro", se aproximou da fronteira antes das 07h00 GMT (04h00 no horário de Brasília). Cerca de "500 conseguiram pular a cerca", explicou em uma coletiva de imprensa.

De acordo com uma declaração da delegação do governo, os imigrantes tinham "uma atitude extremamente agressiva, jogavam pedras, paus e todo tipo de objetos contra as forças de segurança".

Do lado marroquino, o Ministério do Interior informou a detenção de 250 imigrantes e trinta feridos, 28 subsaarianos, e cinco policiais. De acordo com a delegação do governo em Melilla , dois destes imigrantes sofreram "ferimentos graves".



No dia 6 de fevereiro, durante uma tentativa de entrada forçada no outro enclave espanhol norte-africano, Ceuta, ao menos 14 imigrantes morreram, em um incidente por cuja gestão o governo de Madri foi criticado.

Ceuta e Melilla são as únicas fronteiras terrestres entre a África e a União Europeia, e estão submetidas a uma forte pressão migratória.

Em Melilla, a chegada de novos imigrantes nas últimas semanas aumentou novamente a população do CETI, o centro de acolhida governamental de Melilla. Apesar de contar com 480 vagas, abriga atualmente mais de mil pessoas. Para isso, foram instaladas tendas do exército.

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