Agência France-Presse
postado em 19/03/2014 09:16
Bruxelas - A Comissão Europeia pediu nesta quarta-feira (19/3) à Ucrânia uma reforma dos preços da eletricidade, subsidiados em massa, e que o país lute ativamente contra a corrupção em troca de uma ajuda financeira de 1,6 bilhão de euros, parte de um grande plano anunciado no início de março. O executivo europeu detalhou nesta quarta-feira a ajuda de urgência destinada a Kiev, no âmbito de um plano de ajuda de ao menos 11 bilhões de euros prometidos há duas semanas.Entregará 1 bilhão de euros, que se somam aos 610 milhões de euros prometidos no âmbito dos acordos de associação. Estas somas servirão principalmente para prestar ajuda urgente à Ucrânia, que enfrenta uma grande degradação de sua balança de pagamentos e de sua situação orçamentária, explica um comunicado da Comissão.
[SAIBAMAIS]Cerca de 600 milhões de euros serão entregues rapidamente - a partir da autorização do Fundo Monetário Internacional (FMI) - e a outra parte durante o ano, disse a Comissão. "É uma resposta imediata e concreta às dificuldades financeiras da Ucrânia", ressaltou nesta quarta-feira Olli Rehn, o comissário europeu encarregado de Assuntos Econômicas durante uma coletiva de imprensa.
Em troca desta ajuda, Bruxelas espera por parte da Ucrânia um conjunto de reformas econômicas. Entre elas está a "reforma do sistema de preços da eletricidade e da energia", afirmou Rehn, que lembrou que o setor está "subsidiado em massa (pelo Estado), que tem um peso consequente sobre as finanças públicas". "Ao mesmo tempo, sabemos que esta reforma terá consequências sociais e políticas" importantes, admitiu, evocando a necessidade de apoiar as populações em dificuldades.
Uma missão de especialistas da Comissão viajará em breve a Kiev e abordará esta questão, anunciou o comissário europeu. "É uma questão que formará parte das negociações entre o governo ucraniano e a Comissão Europeia", indicou. Entre outros, Kiev deve lutar ativamente contra a corrupção, estima a Comissão, um gesto que "os ucranianos desejam", indicou Rehn.