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Estados Unidos adverte Rússia contra nova agressão à Ucrânia

Embaixatriz americana diz que crise foi provocada pelas "ambições de um país de redesenhar suas fronteiras"



O embaixador russo, Vitaly Churkin, reagiu à declaração afirmando que os "insultos dirigidos a seu país são inaceitáveis". "A senhora Power deve entender isto caso a delegação dos Estados Unidos deseje nossa cooperação em outros temas no Conselho de Segurança".

Churkin afirmou que o referendo realizado no domingo foi "a expressão da liberdade do povo da Crimeia", e voltou a acusar Kiev e os países do ocidente pela atual crise.

Treze dos 15 membros do Conselho de Segurança da ONU apoiaram no sábado um projeto de resolução apresentado por Washington que condenava o referendo na Crimeia, mas a Rússia utilizou seu direito de veto.

Em entrevista à rede de televisão NBC News nesta quarta-feira, o presidente americano, Barack Obama, descartou qualquer ação militar na Ucrânia, e defendeu uma sólida frente diplomática para discutir a crise com a Rússia.

"Não vamos realizar uma incursão militar na Ucrânia. O que faremos é mobilizar todos os nossos recursos diplomáticos para garantir que haja uma coordenação internacional forte que envie uma mensagem clara" à Rússia.

A Crimeia, com cerca de dois milhões de habitantes, a maioria russófonos, foi cedida pela Rússia à Ucrânia em 1954, quando as duas repúblicas integravam a URSS.