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Ucrânia lutará pela "libertação" da Crimeia, afirma resolução do parlamento

Em Moscou, o ministro das Relações Exteriores, Serguei Lavrov, afirmou que a Rússia defenderá os direitos dos russos que vivem no exterior

Agência France-Presse
postado em 20/03/2014 07:33
Kiev - A Ucrânia lutará pela "libertação" da Crimeia e a anexação à Rússia "nunca será reconhecida", afirma uma resolução votada nesta quinta-feira (20/3) pelo Parlamento ucraniano. "A Ucrânia não vai parar em sua luta pela libertação da Crimeia, por mais longa e dolorosa que seja", afirma a resolução, votada por iniciativa do presidente interino Olexander Turchynov.



A presidência ucraniana anunciou mais cedo que o comandante da Marinha do país, Serguei Gaiduk, detido na quarta-feira pelas forças pró-Moscou na Crimeia, foi liberado nesta quinta-feira. "Todos os demais reféns civis detidos pelos militares russos e os representantes das novas autoridades autoproclamadas da Crimeia também foram liberados durante a noite", afirma um comunicado.

[SAIBAMAIS]O contra-almirante Gaiduk havia sido detido quando as forças russas tomaram o controle do quartel-general da Marinha ucraniana em Sebastopol na manhã de quarta-feira. Poucas horas depois, o presidente interino Turchynov deu "ao poder autoproclamado da Crimeia o prazo de três horas para liberar todos os reféns" e ameaçou adotar as "medidas adequadas" de represália. O pai de um dos ucranianos liberados, o deputado Anatoli Gritsenko, informou que os reféns foram deixados nas proximidades de Chongar, perto dos postos de controle entre a Crimeia e o resto da Ucrânia.



Em Moscou, o ministro das Relações Exteriores, Serguei Lavrov, afirmou que a Rússia defenderá os direitos dos russos que vivem no exterior. "Defenderemos seus interesses por métodos político-diplomáticos", declarou Lavrov. "Insistiremos em que, nos países onde vivem nossos compatriotas, seus direitos e liberdades sejam plenamente respeitados", completou.

Uma reunião do governo russo discutirá nesta quinta-feira a questão do "apoio a Transnistria", uma região separatista pró-Moscou da Moldávia. O vice-primeiro-ministro russo Dmitri Rogozin acusou na terça-feira a Ucrânia de ter decretado um bloqueio de fato a Transnistria. O presidente da Moldávia, Nicolae Timofti, manifestou preocupação com uma eventual repetição da situação ucraniana em seu país.

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