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Kiev adverte que responderá militarmente a qualquer incursão da Rússia

Washington e Moscou fazem "tiroteio" de sanções e a ONU negocia o envio de observadores

postado em 21/03/2014 06:00
Navio da Marinha russa (em primeiro plano) navega próximo a barcos ucranianos em Sevastopol: pressão militar incessante

Depois de assistir à ocupação de três navios de guerra por unidades armadas pró-russas no porto de Sevastopol ; mais um movimento que coloca em prática a anexação da Crimeia à Federação Russa ;, o governo da Ucrânia advertiu que responderá militarmente, se necessário, a qualquer ofensiva de Moscou contra seu território, em especial as áreas fronteiriças, com população de origem russa.

[SAIBAMAIS]A integração da península à Rússia, que depende apenas de um voto do Conselho da Federação (câmara alta do parlamento russo), continuou ontem a alimentar tensões entre o presidente Vladimir Putin e o Ocidente. Barack Obama anunciou uma segunda rodada de sanções econômicas, tendo como alvo personagens próximas ao Kremlin, que respondeu com medida semelhante contra seis congressistas americanos e três assessores de Obama. Também a União Europeia (UE) decidiu expandir a lista de represálias à Rússia.


Homens armados dominaram duas corvetas ucranianas ancoradas em Sevastopol, no Mar Negro, enquanto soldados pró-Rússia bloqueavam o acesso. ;Bombas de efeito moral foram usadas no ataque e ouvimos rajadas de armas automáticas;, relatou um porta-voz do Ministério da Defesa, em Kiev, citado pela agência France-Presse.

O representante da Ucrânia em Genebra, Yuri Klimenko, alertou para indícios de que a Rússia estaria disposta a lançar uma ofensiva no leste e no sul do país. Milícias contrárias ao governo interino tinham ocupado na véspera duas bases navais na península e capturado o chefe da Marinha ucraniana, o contra-almirante Serguii Gaiduk, libertado ontem.

No duelo de sanções entre Moscou e Washington, os congressistas americanos atingidos não lamentaram a medida ; ao contrário. ;Orgulhoso de estar incluído na lista daqueles que se levantaram contra a agressão de Putin;, escreveu no Twitter o presidente da Câmara dos Deputados, o republicano John Boehner.

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