Dois incidentes anormais envolvendo a cabine de comando do voo MH370 e o controle de tráfego aéreo foram revelados, ontem, pelo Telegraph. O jornal britânico teve acesso a 54 minutos de gravação das comunicações entre o Boeing 777-200, desaparecido desde 8 de março, e as autoridades portuárias da Malásia. De acordo com os dados obtidos, à 1h07 (hora local), a torre de controle foi informada de que o avião voava a uma altitude de cruzeiro de 35 mil pés (10.668m). No entanto, a mesma informação tinha sido transmitida apenas seis minutos antes. Um episódio, em particular, fez aumentarem as suspeitas de que o sumiço do jato tenha sido deliberado. A perda de comunicação e o giro brusco a oeste ocorreram no momento em que o avião cruzava a linha que divide os espaços aéreos da Malásia e do Vietnã.
Um novo desdobramento chamou a atenção de analistas e da imprensa internacional. O governo de Kuala Lumpur revelou que o 777-200 carregava baterias de íons de lítio, instáveis à variação de altitude e sujeitas à combustão, em caso de transporte inadequado. Especialista em terrorismo, o sueco Magnus Ranstorp afirmou ao Correio que o fato não descarta a hipótese de sequestro. ;Ainda acho que ambas as possibilidades são plausíveis;.
O vice-primeiro-ministro da Austrália, Warren Truss, afirmou que os supostos destroços detectados por satélites em uma área remota, no sul do Oceano Índico, podem ter afundado. ;Algo que estava flutuando há tanto tempo pode ter ido para o fundo;, disse Truss a repórteres em Perth. ;Trata-se do local mais inacessível que se pode imaginar na face da Terra. Mas, se há algo lá, vamos encontrar;, afirmou o premiê Tony Abbott. ;Nós devemos isso às famílias;, completou.
As dificuldades da região foram ressaltadas pelo ministro da Defesa australiano, David Johnston, que chamou a zona de uma das ;mais isoladas do mundo;. Aviões de resgate da Austrália, da Nova Zelândia e dos EUA contarão com o auxílio de aeronaves chinesas e japonesas a partir de hoje. O rastreamento foi retomado no Mar de Andaman, entre a Índia e a Tailândia, uma área exaustivamente vasculhada desde o desaparecimento do 777-200, duas semanas atrás, com 239 pessoas a bordo.
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