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Presidente chinês faz primeira viagem à Europa em plena crise da Crimeia

Xi Jinping chegou neste sábado (22/3) à Holanda em sua primeira visita oficial à Europa, em plena crise diplomática após a anexação da Crimeia pela Rússia

Agência France-Presse
postado em 22/03/2014 15:08
Haia - O presidente chinês, Xi Jinping, chegou neste sábado (22/3) à Holanda em sua primeira visita oficial à Europa, em plena crise diplomática após a anexação da Crimeia pela Rússia. Xi, no poder há pouco mais de um ano, chegou pouco depois do meio-dia (08h00 de Brasília) ao aeroporto de Amsterdã, onde foi recebido pelo rei Willem-Alexander e por sua esposa, a argentina Máxima.

O mandatário chinês está acompanhado de sua esposa, a popular cantora e general do Exército Peng Liyuan, e de cerca de 200 empresários, que participarão de um fórum econômico sino-holandês no domingo. A chegada do líder chinês acontece às vésperas de uma reunião do G7, na segunda-feira. No encontro do seleto grupo dos sete grandes países industrializados -Reino Unido, França, Canadá, Alemanha, Japão e Estados Unidos- serão discutidas novas sanções contra a Rússia pela anexação da Crimeia, em meio à maior crise na Europa desde a Guerra Fria.

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Pequim, que mostrou uma indulgente neutralidade com Moscou, absteve-se no sábado passado durante a votação de uma resolução do Conselho de Segurança da ONU condenando o referendo da Crimeia. O documento contou com o apoio do restante dos países e recebeu o veto da Rússia. O presidente Xi Jinping terá que defender essa posição diante de seu homólogo americano, Barack Obama, com quem deve se reunir, aproveitando a Cúpula sobre Segurança Nuclear (NSS, segundo suas siglas em inglês).

Esta cúpula, que será realizada na segunda e na terça-feira em Haia por iniciativa de Obama, vai reunir cerca de 50 líderes de todo mundo para analisar as formas de evitar atentados terroristas nucleares. Obama quer deixar como legado a segurança nuclear. Em 2009, afirmou que o terrorismo nuclear é a "ameaça mais imediata e extrema para a segurança mundial".

Xi Jinping também deve falar da crise na Ucrânia durante seus encontros com a chanceler alemã, Angela Merkel, e com o presidente francês, François Hollande. A Ucrânia é um assunto difícil para a China. O governo de Pequim está dividido entre sua defesa tradicional da integridade territorial e sua solidariedade a Moscou, considerado um aliado contra Washington.

Vários assuntos, em particular as acusações de ciberespionagem, deixam Estados Unidos e China em lados opostos. Apesar disso, os especialistas não esperam que Xi vá fazer grandes declarações sobre a situação na ex-república soviética. O mandatário chinês deve visitar a França na terça à noite em ocasião do 50; aniversário do reconhecimento da China Popular pelo general De Gaulle. Na sexta, irá a Berlim e no domingo seguinte, a Bruxelas, onde fará uma visita de dois dias.

No dia 1; de abril, ele realizará a primeira visita de um presidente chinês às instituições europeias em Bruxelas, capital da União Europeia, maior sócio comercial da China. As autoridades chinesas anunciaram na sexta-feira seu desejo de encerrar uma investigação antidumping contra exportadores europeus de vinho, depois do acordo alcançado entre organizações profissionais vitícolas da China e da União Europeia.

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