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Trinta mil protestam na Alemanha contra redução de subsídios a renováveis

Os manifestantes pediram que se acelere a instalação de novas centrais de energia eólica e solar diante dos planos do governo, que quer abandonar totalmente a energia nuclear a partir de 2022

Agência France-Presse
postado em 22/03/2014 17:44
Política de Angela Merkel é abandonar totalmente a energia nuclear a partir de 2022 e conseguir 80% de consumo renovável no país
Berlim - Cerca de 30.000 pessoas protestaram neste sábado (22/3) em várias cidades alemãs para protestar contra o corte dos subsídios às energias renováveis em um país que está aplicando um ambicioso programa para abandonar totalmente a energia nuclear. Em cidades como Düsseldorf, Hannover e Munique, os manifestantes pediram que se acelere a instalação de novas centrais de energia eólica e solar diante dos planos do governo.

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A Alemanha quer abandonar totalmente a energia nuclear a partir de 2022 e conseguir, antes de 2050, que 80% de seu consumo de eletricidade provenha de fontes renováveis contra os atuais 25%. Mas a política de subsídios às renováveis vai de encontro aos interesses dos grandes grupos, que pagam em grande parte o custo desta transição energética, razão pela qual o governo prevê uma reforma da lei.

O ministro da Economia e vice-chanceler Sigmar Gabriel já anunciou a intenção de reduzir as subvenções à energia eólica terrestre e à biomassa. Além disso, a partir de 2017, o montante da ajuda será estabelecido em função de um sistema de concorrência entre produtores, sem um preço garantido como acontece até agora. As manifestações foram convocadas por organizações de defesa do meio ambiente, grupos antinucleares e partidos políticos como Os Verdes ou a esquerda radical, Die Linke.

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