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Diplomatas israelenses fazem greve perto de 1ª visita do Papa à Jerusalém

Os diplomatas israelenses se queixam há vários anos de maus salários e de falta de consideração

postado em 23/03/2014 17:32
Jerusalém - Funcionários do ministério israelense de Assuntos Exteriores, em guerra contra a direção há várias semanas, decretaram neste domingo greve geral no ministério e nas missões diplomáticas de todo o mundo, e a paralisação pode comprometer a primeira visita do Papa Francisco à Terra Santa, em maio.

"Decretamos uma greve geral no ministério de Assuntos Exteriores", anunciou a diplomacia israelense em sua página na internet. "O ministério em Jerusalém permanecerá fechado, e as missões no exterior não abrirão a partir da manhã de 24 de março", continua a nota.

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Segundo meios de comunicação israelenses, trata-se do primeiro movimento de greve de diplomatas desde a criação do país há 65 anos. Os diplomatas israelenses se queixam há vários anos de maus salários e de falta de consideração.

[SAIBAMAIS]O movimento, que afeta diplomatas, mas também funcionários administrativos do ministério, começou na primavera passada. Tinha sido suspenso em julho, após a abertura de negociações com o ministério das Finanças. No entanto, as negociações salariais terminaram em um impasse em 4 de março.

Desde então, segundo o site do ministério na internet, os diplomatas não se ocuparam de visitas oficiais, em Israel ou no exterior, e não concederam nenhum visto.

Segundo autoridades, esta greve poderia comprometer a primeira visita do Papa Francisco à Terra Santa, prevista para maio.

O Vaticano anunciou anteriormente que não considera cancelar a viagem, embora tenha admitido que a greve israelense "provavelmente provocará complicações nos preparativos da viagem" pontifícia.

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