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Avião observa objetos flutuantes em buscas ao voo MH370 no Oceano Índico

Os objetos foram avistados 2.500 km ao sudoeste de Perth, a grande cidade da costa oeste australiana

postado em 24/03/2014 10:54
Perth - Um avião australiano que participa na busca do voo MH370 da Malaysia Airlines, desaparecido há 15 dias, observou nesta segunda-feira (24/3) dois objetos flutuando no sul do Oceano Índico, e um navio já seguiu na direção apontada. "A equipe a bordo de um Orion afirmou ter observado dois objetos, o primeiro redondo, cinza ou verde, e o segundo retangular e laranja", afirmou o primeiro-ministro australiano, Tony Abbott, no Parlamento.

Tripulante da Força Aérea Australiana olha para tela, enquanto busca desaparecidos do voo MH370 da Malaysian Airlines, no Oceano Índico
Os objetos foram avistados 2.500 km ao sudoeste de Perth, a grande cidade da costa oeste australiana. "O navio ;HMAS Success; está perto e é possível que recolha os objetos dentro de algumas horas, ou amanhã pela manhã no mais tardar", afirmou o ministro malaio dos Transportes, Hishamuddin Hussein, em uma entrevista coletiva em Kuala Lumpur.

O "HMAS Success" está equipado com um guindaste, o que permite enganchar e rebocar destroços de grande envergadura. Um avião americano, outro Orion australiano e um Orion japonês seguem para a região na qual foram localizados os dois objetos suspeitos, disse Abbott. "Eu alerto mais uma vez que não sabemos se os destroços pertencem ao MH370. Poderiam ser outros destroços", destacou o premier australiano.

"Mas achamos que é possível recolher os objetos muito em breve e avançar no esclarecimento deste trágico mistério", disse. Durante a manhã, a agência oficial chinesa Xinhua indicou que um avião do país observou objetos "intrigantes" de formato quadrado e cor branca que poderiam pertencer ao Boeing 777 desaparecido. O voo MH370, que viajava entre Kuala Lumpur e Pequim, desapareceu pouco depois da decolagem no sábado 8 de março com 239 pessoas a bordo. Mais de 150 passageiros eram chineses.

[SAIBAMAIS]No meio do caminho entre a Malásia e o Vietnã, o avião mudou de rumo, para o oeste, em direção contrária a sua rota, e os sistemas de comunicação foram desativados "deliberadamente", segundo as autoridades malaias. A aeronave voou durante várias horas até esgotar o combustível. Depois de analisar todos os elementos, as autoridades estabeleceram dois corredores de busca: o primeiro ao norte e até a Ásia Central e o segundo da Indonésia ao sul do Índico.



Especialistas acreditam neste último corredor, pois consideram que o avião não poderia ter sobrevoado a China ou ex-repúblicas soviéticas sem ter sido detectado. Aviões australianos, americanos e neozelandeses sobrevoam a região desde quinta-feira. Navios mercantes e militares também participam nas operações com a esperança de recuperar os objetos detectados do espaço.

Nesta segunda-feira, 10 aviões participavam nas operações de busca após a chegada de dois P3 Orion japoneses e dois Ilyushin-76 enviados pela China. "A busca foi dividida hoje em duas zonas próximas de unos 68.500 km2", informou a Autoridade Australiana de Segurança Marítima (AMSA).

Detector de caixas pretas


O Pentágono ordenou o envio de um sonar ("Towed Pinger Locator") que pode detectar sinais a uma profundidade de até seis mil metros. O aparelho é posicionado ao fim de cabos de milhares de metros de comprimento rebocados por um barco. Os aviões comerciais possuem duas caixas pretas. Uma registra segundo a segundo todos os parâmetros de voo e a outra as conversas, os sons e os anúncios feitos na cabine dos pilotos.

Mas para poder utilizar estas informações é necessário encontrar as caixas, um trabalho muito complexo quando o acidente acontece no oceano. A urgência é ainda maior, pois os emissores das caixas serão apagados em 12 dias e depois será praticamente impossível encontrá-las em uma das regiões mais inóspitas do planeta. As dificuldades devem aumentar com o anúncio da tempestade Gillian, mil km ao norte, que será acompanhada por fortes chuvas.

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