Agência France-Presse
postado em 26/03/2014 17:20
Milhares de professores participaram de uma passeata nesta quarta-feira na capital argentina para exigir um aumento salarial, após 15 dias de uma greve que atinge 11 dos 24 distritos argentinos.Os educadores tomaram a avenida Callao de Buenos Aires com bandeira e ao som de tambores. "A escola pública não se vende, se defende", cantavam os manifestantes.
A Central de Trabalhadores da Educação e outras entidades reclamam um piso salarial de 5.000 pesos (625 dólares), com 35% de aumento, frente a uma inflação calculada acima de 30% para este ano.
Na província de Buenos Aires está o maior foco de conflito, com quase três milhões de alunos sem aulas há 15 dias. A Argentina não vive um conflito docente desta magnitude desde as gigantescas mobilizações dos anos 90, contra o governo de Carlos Menem (1989 a 1999).
A presidente argentina Cristina Kirchner declarou em 1; de março ao Congresso que seu governo duplicou o orçamento da educação, ao eleva-lo a 6,4% do PIB.
Mas o acentuado aumentos de preços em meio à desvalorização de 18% da moeda em janeiro fez despencar o poder de compra dos argentino.