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Tribunal venezuelano nega apelação para libertar opositor López

O tribunal deve decidir até 5 de abril se processará López

Agência France-Presse
postado em 28/03/2014 14:37
Leopoldo López foi preso em 18 de fevereiro sob a acusação de homicídio e incitação à violência durante uma manifestação em Caracas
Um tribunal de Caracas rejeitou a apelação contra a detenção o líder opositor Leopoldo López, preso há mais de um mês acusado de incitar a violência durante as manifestações contra o governo.

"A Sala Três da Corte de Apelações (...) declarou sem fundamento o recurso de apelação apresentado por um dos advogados de Leopoldo López", indicou o tribunal em um comunicado.

Em meio a uma grande manifestação no leste de Caracas, López se entregou à justiça no dia 18 de fevereiro, e desde então está detido no presídio militar de Ramo Verde.



O tribunal, que deve decidir até 5 de abril se processará López, reiterou as acusações que pesam contra o opositor: "incitação pública, danos à propriedade e formação de quadrilha".

[SAIBAMAIS]"Hoje, mais uma vez, vemos uma injustiça (...) Esperaremos até 5 de abril" a libertação de López, declarou em frente ao Palácio da Justiça a esposa do líder, Lilian Tintori.

López, um economista de 42 anos, lidera a campanha ;A Saída;, que exige a renúncia do presidente Nicolás Maduro.

Como parte de uma ofensiva judicial contra a oposição, dois prefeitos opositores foram destituídos e presos por permitir o bloqueio de ruas nos municípios de San Cristóbal (oeste), onde iniciaram os protestos em 4 de fevereiro, e de San Diego (norte).

Já a maioria chavista do Parlamento destituiu a deputada opositora María Corina Machado por participar de uma sessão da Organização dos Estados Americanos como "representante alternativa" do Panamá.

Segundo Maduro, por trás dos protestos há "um golpe de Estado em desenvolvimento" promovido pela aliança da oposição com a direita de Estados Unidos e Colômbia.

A onda de protestos na Venezuela já deixou de 37 mortos, 550 feridos e 81 denúncias de violações dos direitos humanos, em meio à crescente criminalidade, ao desabastecimento e a uma inflação anual que supera os 50%.

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