No primeiro turno, realizado no último domingo, a FN obteve 7% dos votos e liderava em cinco cidades médias (mais de 10 mil habitantes), conquistando Hénin-Beaumont (50,26% dos votos), terra natal de sua presidente. O partido de extrema-direita espera obter o controle de 15 municípios e aumentar o número de conselheiros municipais dos atuais 50 para mil. Ainda que não consiga essas façanhas, ele surge como força consolidada e cobiça resultados expressivos nas eleições para o Parlamento Europeu, em 25 de maio. Le Pen também estaria de olho na cadeira do Palácio do Eliseu, que pode ganhar novo ocupante em 2017.
[SAIBAMAIS]Se a mulher-forte da Frente Nacional experimenta o paraíso, Hollande amarga o inferno político e, provavelmente, precisará reformular todo o gabinete para garantir a governabilidade. ;A grande vencedora dessas eleições é a FN, mais nacionalista e populista. O partido defende a saída da Zona do Euro e a adesão de uma moeda nacional. Nas eleições do Parlamento Europeu e nas presidenciais, ou Hollande terá conseguido sair da crise, ou Le Pen vai parecer mais atraente até mesmo para o habitual eleitor da direita;, afirma Xavier Timbeau, diretor do Departamento de Análise e Previsão do Observatório Francês de Conjunturas Econômicas da Universidade Sciences Po. ;O perdedor real e visível será o Partido Socialista, mas a direita tradicional e a centro-direita também não captaram nada dessa derrota.; Ele explica que a FN terá o desafio de tornar realidade tudo o que prometeu durante a campanha. ;Seus candidatos são jovens, em sua maioria mulheres, e menos profissionais do que os de outros partidos. Se falharem, terão a credibilidade destruída. Poucos anos atrás, a FN venceu em algumas cidades, mas sua habilidade em gerenciá-las foi tão ruim que ela perdeu credibilidade para as eleições seguintes.;
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