Agência France-Presse
postado em 30/03/2014 11:01
Jerusalém - O primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu, afirmou neste domingo que o destino das negociações de paz com os palestinos, que enfrentam grandes dificuldades, será selado nos próximos dias, segundo a imprensa israelense.
Estas declarações são feitas no momento em que o secretário de Estado americano, John Kerry, tenta impedir o fracasso das negociações, seriamente comprometidas por uma disputa sobre a libertação de prisioneiros palestinos por Israel. "Pode ser uma questão de dias. Ou vamos resolver o problema ou o processo irá explodir", declarou Benjamin Netanyahu aos ministros do Likud (direita nacionalista ), seu partido, antes da reunião semanal de gabinete.
Os esforços diplomáticos dos Estados Unidos foram afetados devido à recusa de Israel de prosseguir no sábado com a libertação de um grupo de 26 prisioneiros palestinos, como parte do processo de paz.
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Os Estados Unidos foram informados na sexta-feira por Israel que esta libertação não aconteceria devido a deterioração da relação com os palestinos.
Washington tenta convencer israelenses e palestinos a prorrogar até o final do ano as negociações de paz, após quase nove meses sem registrar nenhum avanço. "Aconteça o que acontecer, não haverá acordo enquanto Israel não souber claramente o que ganhará em troca. E se não houver acordo, será votado pelo Conselho de Ministros uma ação para aprovação", informou neste domingo Benjamin Netanyahu, citado pela imprensa israelense.
Do lado palestino, o presidente Mahmoud Abbas tem repetidamente afirmado sua rejeição a qualquer discussão sobre uma possível extensão das negociações até que o último grupo de prisioneiros seja libertado.
Um membro do Comitê Central do Fatah, o partido do presidente palestino Mahmoud Abbas, disse neste domingo que o seguimento das negociações em crise será decidido na segunda-feira em uma reunião da liderança palestina. "Eu acredito que Abu Mazen (Mahmoud Abbas) deu aos israelenses até amanhã para responder. Em caso de fracasso, os palestinos vão tomar as decisões necessárias sobre a continuação das negociações", declarou Mohammed Shtayeh à rádio oficial Voz da Palestina.
Um acordo intermediado pelo secretário de Estado americano John Kerry permitiu a retomada em julho do ano passado das negociações de paz, após a suspensão de três anos, por um período de nove meses, que expira no final de abril.
Segundo este acordo, em troca da libertação de quatro contingentes de 104 prisioneiros por Israel -78 já foram libertados-, a direção palestina se comprometeu em suspender, durante os nove meses, todo o processo de adesão a organizações internacionais, incluindo um processo judicial contra Israel, como o status de estado observador obtido em novembro de 2012 nas Nações Unidas dá o direito. "Israel tenta nos fazer pagar pela libertação do quarto grupo, exercendo a maior chantagem possível. Mas não vamos sucumbir a esse tipo de extorsão", disse Mohammed Shtayeh.
Já um alto funcionário do governo israelense acusou no sábado os palestinos de "criar problemas".
A porta-voz do Departamento de Estado americano, Jennifer Psaki, negou que as negociações tenham fracassado, garantindo que a diplomacia americana "continuará a trabalhar intensamente com ambas as partes".
Estas declarações são feitas no momento em que o secretário de Estado americano, John Kerry, tenta impedir o fracasso das negociações, seriamente comprometidas por uma disputa sobre a libertação de prisioneiros palestinos por Israel. "Pode ser uma questão de dias. Ou vamos resolver o problema ou o processo irá explodir", declarou Benjamin Netanyahu aos ministros do Likud (direita nacionalista ), seu partido, antes da reunião semanal de gabinete.
Os esforços diplomáticos dos Estados Unidos foram afetados devido à recusa de Israel de prosseguir no sábado com a libertação de um grupo de 26 prisioneiros palestinos, como parte do processo de paz.
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Os Estados Unidos foram informados na sexta-feira por Israel que esta libertação não aconteceria devido a deterioração da relação com os palestinos.
Washington tenta convencer israelenses e palestinos a prorrogar até o final do ano as negociações de paz, após quase nove meses sem registrar nenhum avanço. "Aconteça o que acontecer, não haverá acordo enquanto Israel não souber claramente o que ganhará em troca. E se não houver acordo, será votado pelo Conselho de Ministros uma ação para aprovação", informou neste domingo Benjamin Netanyahu, citado pela imprensa israelense.
Do lado palestino, o presidente Mahmoud Abbas tem repetidamente afirmado sua rejeição a qualquer discussão sobre uma possível extensão das negociações até que o último grupo de prisioneiros seja libertado.
Um membro do Comitê Central do Fatah, o partido do presidente palestino Mahmoud Abbas, disse neste domingo que o seguimento das negociações em crise será decidido na segunda-feira em uma reunião da liderança palestina. "Eu acredito que Abu Mazen (Mahmoud Abbas) deu aos israelenses até amanhã para responder. Em caso de fracasso, os palestinos vão tomar as decisões necessárias sobre a continuação das negociações", declarou Mohammed Shtayeh à rádio oficial Voz da Palestina.
Um acordo intermediado pelo secretário de Estado americano John Kerry permitiu a retomada em julho do ano passado das negociações de paz, após a suspensão de três anos, por um período de nove meses, que expira no final de abril.
Segundo este acordo, em troca da libertação de quatro contingentes de 104 prisioneiros por Israel -78 já foram libertados-, a direção palestina se comprometeu em suspender, durante os nove meses, todo o processo de adesão a organizações internacionais, incluindo um processo judicial contra Israel, como o status de estado observador obtido em novembro de 2012 nas Nações Unidas dá o direito. "Israel tenta nos fazer pagar pela libertação do quarto grupo, exercendo a maior chantagem possível. Mas não vamos sucumbir a esse tipo de extorsão", disse Mohammed Shtayeh.
Já um alto funcionário do governo israelense acusou no sábado os palestinos de "criar problemas".
A porta-voz do Departamento de Estado americano, Jennifer Psaki, negou que as negociações tenham fracassado, garantindo que a diplomacia americana "continuará a trabalhar intensamente com ambas as partes".