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Batalha entre facções opositoras sírias mata mais de 50 combatentes

Desde janeiro, o EIIL trava uma guerra no oeste, norte e leste da Síria contra outros opositores ao regime de Bashar al-Assad, entre eles, a Frente al-Nusra, afiliada à Al-Qaeda

Agência France-Presse
postado em 30/03/2014 16:43
Beirute - Mais de 50 combatentes de facções rebeldes rivais morreram em uma operação na província síria de Hasake (nordeste), onde o Estado Islâmico no Iraque e o Levante (EIIL) tomou uma cidade fronteiriça com o Iraque, informou o Observatório Sírio de Direitos Humanos (OSDH) neste domingo.

"O número de combatentes rebeldes e da Frente al-Nusra mortos nas batalhas (do domingo) contra o EIIL na cidade estratégica de Markada, no sul da província de Hasake, chega a 39", anunciou o opositor OSDH.

A ONG disse ainda que o EIIL perdeu 13 combatentes na operação, por meio da qual assumiu o controle total de Markada.

"Markada é importante, porque facilita ao EIIL uma via de abastecimento do Iraque para a estrada que vai de Hasake a Deir Ezzor", no leste do país, explicou o Observatório.

Tanto a província de Hasake, rica em petróleo, quanto a de Deir Ezzor são redutos do EIIL e fazem fronteira com o Iraque, onde o grupo jihadista se originou.

Desde janeiro, o EIIL trava uma guerra no oeste, norte e leste da Síria contra outros opositores ao regime de Bashar al-Assad, entre eles, a Frente al-Nusra, afiliada à Al-Qaeda.

[SAIBAMAIS]

Inicialmente aliados do EIIL, a Frente al-Nusra e outros rebeldes não jihadistas se voltaram contra o grupo, irritados com sua ânsia de hegemonia.

O Estado Islâmico no Iraque e o Levante se retirou de boa parte do oeste e do norte da Síria, mas se manteve firme no leste, junto à fronteira iraquiana.

Outra frente de atrito é a província de Latakia, às margens do Mediterrâneo, onde os rebeldes - incluindo os da Frente Al-Nusra - lançaram uma ofensiva surpresa na semana passada contra as forças militares do regime.

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Nessa batalha, cerca de 300 combatentes de ambos os lados já morreram, segundo o OSDH, entre eles 180 soldados e paramilitares leais ao governo de Damasco. Em três anos de conflito, mais de 146 mil pessoas morreram na Síria.

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