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Vaticano cria perfis em redes sociais para informar sobre canonização

Peregrinos que pretendem ir à cerimônia de canonização dos papas João XXIII e João Paulo II podem obter informações sobre o evento pelo Twitter, Youtube, site oficial e até por um aplicativo com o nome de "Santo Subito"

Agência France-Presse
postado em 31/03/2014 13:04
Cidade do Vaticano - O Vaticano lançou uma ampla operação midiática nas redes sociais por ocasião da canonização, no dia 27 de abril, dos Papas João XXIII e João Paulo II. O porta-voz do Vaticano, padre Federico Lombardi, reconheceu durante uma coletiva de imprensa nesta segunda-feira (31/3) que "não há estimativas sobre o número de pessoas" que devem participar da cerimônia solene na Praça de São Pedro.

[SAIBAMAIS]"Venham tranquilamente", disse Lombardi, em tom cauteloso, apesar das estimativas alarmantes de prefeitura de Roma, que indica que cerca de 5 milhões de pessoas vão comparecer à cerimônia. Levando em conta a esplanada da Praça de São Pedro e a ampla avenida de acesso, a Via da Conciliação, "teremos capacidade para receber um bom número", comentou Lombardi. Os organizadores da canonização destes "dois gigantes da história", como descrito pelo cardeal Agostino Vallini, vigário de Roma, asseguram que a cerimônia será marcada pela "sobriedade", em respeito ao estilo do Papa Francisco.



Para informar e dialogar com os peregrinos, o Vaticano abriu uma página oficial na internet (www.2papisanti.org), uma conta no Twitter (@2popesaints), um canal no YouTube (2popesaints), um Instagram (#2popesaints) e até um aplicativo com o nome de "Santo Subito". "Um cordão vermelho liga os dois Papas: sua fé", afirmou Vallini, que lembrou a "coragem de João XXIII de ter chamado a igreja a se transformar", em referência ao Concílio Vaticano (1962-1965), que revolucionou e modernizou a instituição milenar. A vida e a obra de João XXIII (1958-1963), assim como a de João Paulo II (1978-2005,) será debatida em palestras e reuniões.

Uma "noite em claro de oração" será organizada na véspera em onze igrejas no centro de Roma, onde os fiéis também poderão se confessar em pelo menos sete idiomas. Lombardi não excluiu a possibilidade de o Papa emérito Bento XVI assistir à canonização na praça. O papa alemão, o primeiro pontífice a renunciar em sete séculos, foi um dos mais próximos colaboradores de João Paulo II, já que por 20 anos foi prefeito da Congregação para a Doutrina da Fé, o antigo Santo Ofício. Milhares de pessoas, muitas delas provenientes da Polônia, vão participar da cerimônia para santificar dois pontífices muito diferentes: um humilde e próximo das pessoas, outro carismático e capaz de seduzir as multidões.

João Paulo II, o primeiro Papa polonês da história, conservador e muito popular em mais de 100 países visitados, será canonizado apenas nove anos após sua morte, um tempo recorde. João XXIII, que abriu a Igreja ao mundo para modernizá-la, era uma pessoa simples e austera, a mesma atitude apresentada atualmente por Francisco.

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