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Padre Anchieta será canonizado nesta quarta-feira pelo papa Francisco

O procedimento é chamado canonização equipolente, pois equivale ao processo normal para declarar que "determinada pessoa morta se encontra junto de Deus, no céu, intercedendo pelos que ainda vivem na terra"

O beato José de Anchieta, um dos jesuítas fundadores da cidade de São Paulo, vai ser canonizado pelo papa Francisco, que publicará na quarta-feira (2/4) o decreto que o proclama santo. A informação foi divulgada pela agência Zenit, acrescentando que o espanhol José de Anchieta será canonizado juntamente com dois beatos nascidos na França, ligados à evangelização do Canadá - Maria da Encarnação Guyart e o bispo Francisco de Montmorency-Laval. O papa João Paulo II beatificou o "apóstolo do Brasil" em 22 de junho de 1980.

Segundo a agência católica, o papa explicou que os três ;novos santos se apresentavam como modelos de evangelização;. O site Evangelho Quotidiano diz que o padre José de Anchieta é canonizado sem os dois milagres geralmente necessários, um para a beatificação e outro para a canonização. O procedimento é chamado canonização equipolente, pois equivale ao processo normal para declarar que "determinada pessoa morta se encontra junto de Deus, no céu, intercedendo pelos que ainda vivem na terra".



[SAIBAMAIS]Segundo a Zenit, para a canonização equipolente são necessários três requisitos: prova do culto antigo ao candidato a santo, atestado histórico incontestável da fé católica e das virtudes do candidato e a fama ininterrupta de milagres intermediados pelo candidato.

De acordo com a agência, "são inúmeros os milagres e graças atribuídos à intercessão; de José Anchieta, que é venerado como ;bem-aventurado", aquele que está junto de Deus, quer por brasileiros, quer por católicos das ilhas espanholas Canárias.

No dia 24 de abril, às 18h, em Roma, na Igreja de Jesus, o papa Francisco presidirá missa de ação de graças pela canonização do "apóstolo do Brasil", na qual estará presente o bispo de Tenerife (terra natal de Anchieta), Bernardo Álvarez. O processo de Anchieta começou no ano de sua morte, em 1597, e prolongou-se por 417 anos.